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Twin Peaks: Há 30 anos, David Lynch lançava série de visual sedutor e narrativa densa e absurda

Dale Cooper e Laura Palmer, personagens chave de Twin Peaks Divulgação

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As séries televisivas existem desde 1946. A primeira da história, “Pinwright’s Progress”, foi uma invenção inglesa, estrelada pelo britânico James Hayter. Durou só uma temporada, de dez episódios, na BBC. De lá para cá, o formato vem sendo explorado, mas até não muito tempo atrás figurou à sombra do cinema. Com a ascensão dos canais por assinatura e dos serviços de streaming, séries e longas-metragens competem em pé de igualdade no lucrativo filão do entretenimento audiovisual. Contudo, nem sempre foi assim.

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Em 1990, há exatos 30 anos na data de hoje, com “Twin Peaks”, o diretor David Lynch e o roteirista Mark Frost foram os primeiros a decompor o estigma de “arte menor” e atribuir a um seriado a mesma sofisticação cerebral de grandes obras cinematográficas. Até então, as produções dominantes na televisão eram comédias ou dramas tolos.

Melodrama adolescente, suspense sobrenatural e surrealismo se misturam na trama, que evolui a partir do mistério envolvendo o assassinado de Laura Palmer, garota bonita, loira e popular, cujo cadáver é achado nu e embalado em plástico, chocando a pequena cidade de Twin Peaks.

As duas primeiras temporadas, entre 1990 e 1991, arrebataram legião de fãs e abriram caminho para outras ambiciosas iniciativas. Em 2017, “Twin Peaks” ganhou continuidade em 18 episódios pela Netflix.

Bookhouse Boys

Os Bookhouse Boys eram uma sociedade secreta formada para combater a assombração que cercava a cidade de Twin Peaks. Os integrantes também desempenhavam o papel de vigilantes contra traficantes de drogas e desordeiros da cidade.

Laura Palmer

Laura Palmer era a filha única de Leland e Sarah Palmer. Ela foi encontrada morta, aos 17 anos de idade, na manhã de 24 de fevereiro de 1989. O fato abalou a pequena cidade de Washington e levou a uma investigação pelo agente do FBI Dale Cooper.

Bob

Bob era um espírito obsessor da Black Lodge. Quando criança, Leland Palmer, pai de Laura, “convida” Bob para si mesmo, tornando-se seu vaso humano. Desde que Laura tinha 12 anos, Bob a atormentava e abusava sexualmente. Mais tarde, Bob seguiu o espírito sósia de Cooper para fora da Black Lodge e viajou com ele pelos próximos 25 anos.

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O temido BOB

Dale Cooper

Agente especial do FBI designado para investigar o assassinato. Ele se apaixonou pela cidade e foi bem aceito. Dale Cooper acabou ficando preso numa realidade alternativa bizarra, conhecida nas lendas nativas como a Black Lodge. Café é uma bebida muito consumida em Twin Peaks. Cooper, em particular, gostava, e o preferia “preto, como a meia-noite em uma noite sem lua”.

O agente Cooper

Hotel Great Northern

Casarão de madeira, cercado por árvores, repleto de quartos, todos idênticos. Ficava nos penhascos e foi inaugurado no fim dos anos 1940 por J.J. Horne, logo após o concorrente Sawmill River Lodge ser incendiado. Na década de 1980, o hotel foi herdado pelo filho de Horne, Benjamin. Durante sua investigação, o agente especial do FBI Dale Cooper ficou no hotel, no quarto 315.

Jack Caolho

Bordel canadense, perto da fronteira com Washington. Laura começou a trabalhar lá em agosto de 1987, mas foi demitida devido ao uso de cocaína. Após o assassinato de Laura, Audrey Horne se infiltrou no bordel para ajudar na investigação. Audrey era filha do dono do Great Northern Hotel, Benjamin, que começou a se envolver com os traficantes do bordel.

Black Lodge

A Black Lodge, e sua contraparte oposta, White Lodge, eram lugares mitológicos mencionados nas histórias da tribo Nez Perce. Era o nome usado para se referir a um local extra-dimensional visitado por Dale Cooper na estada em  Twin Peaks, que exibia o aspecto de uma sequência infindável de cortinas vermelhas com salas e corredores.

Red Room Twin Peaks

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