“Hebe: A Estrela do Brasil”, filme que estreia nesta quinta-feira (26) nos cinemas, remonta aos anos 1980 para traçar um perfil de Hebe Camargo, uma das figuras mais marcantes na história da mídia brasileira.
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O Brasil vivia uma de suas piores crises enquanto a apresentadora aparecia na tela exuberante. Ao completar 40 anos de profissão e perto de chegar aos 60 anos de vida, ela já não suportava a possessividade do marido, o salário baixo para seu posto, a censura e a corrupção governamentais.
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No longa, durante a transição da ditadura militar para a democracia, ela prefere o risco de perder seu espaço ao deixar de brigar contra o tolhimento de sua autonomia. Entre o brilho da vida pública e as agruras da dor privada, o recorte mostra Hebe sob ângulo intimista.
Para recriar o Brasil dos anos 1985-86, o mundo da apresentadora nesse período e os personagens, o diretor Maurício Farias reuniu parceiros de longa data. “O roteiro tem um olhar surpreendente sobre a vida da Hebe, que eu desconhecia”, comentou ele.
Para a roteirista, Carolina Kotscho, essa fase traduz a essência da Hebe. “É quando ela transborda e ganha voz. Deixa de ser uma apresentadora, uma ‘gracinha’, para se posicionar politicamente, comprar brigas e se expor de uma maneira que nunca tinha feito antes, porque ela entende que tem esse poder e essa responsabilidade.”
Andrea Beltrão é quem vive a protagonista, em papel cativante que soube expressar corporalmente e imprimir no semblante toda a emotividade, empatia e firmeza de propósitos de Hebe. “Nunca quis fazer um trabalho que ficasse lutando para ter uma incorporação”, pontuou. “Queria que ela estivesse, mas que eu também estivesse, e que nós duas criássemos então uma terceira pessoa, essa que vai numa e vai na outra.”