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Seu Jorge fala ao Metro Jornal sobre discriminação racial e inspiração artística

Com trabalhos reconhecidos como cantor e ator, Seu Jorge está rodando o Brasil com o álbum “Músicas para Churrasco 2”. Em conversa com o Metro Jornal ele fala sobre a produção musical, sua experiência nos EUA e os problemas com o preconceito.

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O ‘Músicas Para Churrasco Parte 2’ faz parte de uma trilogia. Como surgiu o conceito?
Pensei em fazer três álbuns dedicados a um tema, porque achei a ideia divertida. Tenho um elenco de compositores engajados nesse projeto, que me inspiraram bastante. Eu sugeri o tema e a gente desenvolveu o repertório em torno de personagens que criamos como “A Doida”, “A Amiga da Minha Mulher” e “A Vizinha”, que participam desse “churrasco imaginário”, se divertindo e vivendo suas diversidades.

Nota-se uma mistura de ritmos no disco. Fale um pouco das suas influência durante a fase de composição.
Esse trabalho teve uma influência muito forte das expressões musicais do Rio. O disco tem o humor característico do Rio e traz o ponto de observação da cidade, mas tem também a influência forte do soul e do funk norte-americano.

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Pegando essa coisa da influência norte-americana no disco, como é a experiência de viver fora do Brasil?
Eu já ando pelos Estados Unidos e pelo mundo há mais de 15 anos. Mas morar em Los Angeles é um aprendizado, uma oportunidade para conhecer outro universo artístico, musical, cinematográfico e do mundo do entretenimento. Eu sempre quis morar lá e tive a sorte da minha profissão me permitir isso.

Como está o Brasil em relação a outros países em questões como o racismo?
Ainda temos muitas temáticas abertas nas discussões raciais no Brasil. A questão dos índios, por exemplo, é tão grave e urgente como a dos negros. É necessário se falar sobre o assunto e tratar essas questões de forma séria.

Você sofre preconceito?
Eu procuro me proteger ao máximo, pois questões de preconceito, racismo e violência sempre causam desconforto e muita indignação. Não é de hoje que temos visto pessoas sendo atacadas publicamente na internet. É deplorável. Eu tenho sorte por não ter passado por um episódio desses, mas me indigna ver gente sofrendo preconceito e violência pública ou mascarada. O racismo é uma imbecilidade, uma estupidez que não cabe dentro de uma sociedade que quer ser justa, organizada e moderna.

Você já fez mais de uma dezena de filmes, como é essa experiência com o cinema?
É maravilhosa. Recentemente eu revi alguns que fiz e fiquei muito satisfeito. Acho o cinema uma plataforma muito importante e reveladora.

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