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Dadi Carvalho narra em biografia como participou de álbuns históricos da MPB

Dadi Carvalho é muso inspirador da faixa ‘Leãozinho’, de Caetano Veloso | Angelo Tranni/Divulgação

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Desde adolescente, Eduardo Magalhães de Carvalho, o Dadi, fez barulho e colecionou histórias por onde passou com seu baixo. Foram os Novos Baianos, A Cor do Som, Barão Vermelho e as bandas de Jorge Ben, Marisa Monte e Caetano Veloso, numa lista de bons discos e músicas marcantes. Aos 62 anos, Dadi resolveu passar sua história a limpo em “Meu Caminho é Chão e Céu”.

Por que resolveu lançar uma autobiografia?
Mesmo sendo tímido, gosto de contar histórias. Sempre escutei que deveria escrever sobre as minhas experiências, pois são divertidas. Procurei escrever do jeito que conto para meus amigos.

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Como era ser músico nos anos de 1970?
A diferença começa pela forma como a música chega para as pessoas. Ela tinha uma importância bem maior em nossas vidas. Existia um romantismo. Havia uma ideia de que a música ia mudar o mundo. Parecia que o planeta estava conectado pela música, como hoje está pelas redes sociais.

E qual a sua relação com os meios digitais hoje?
Fico muito contente quando um jovem tem contato com um álbum da A Cor do Som por causa da internet. Mas, ao mesmo tempo em que democratiza o acesso, tenho a impressão de que dispersa também. Mas sempre haverá gente interessada em música.

“Meu caminho é chão e céu”– Dadi (Ed. Record, 176 págs., R$ 30)

Como era viver em comunidade com os Novos Baianos, primeiro em Botafogo e, depois, em Vargem Grande?
Era uma época de descoberta para a gente, musical e pessoal. Então, sempre foi muito positivo, diversão total. Música, futebol e risadas. De vez em quando batia uma solidão na madrugada…

Você foi a inspiração de Caetano Veloso para compor “O Leãozinho”. Como isso aconteceu?
Eu sempre fui fã do cara. Ficamos muito próximos depois que ele voltou do exílio e foi assistir a um show nosso no Teatro Tereza Rachel, em Copacabana. O Caetano tem essa coisa de poeta, que traduz o sentimento em palavras.

E o futuro?
A música sempre manda. Estamos gravando um novo álbum com o meu mestre Jorge Ben, com canções inéditas. Acabei de voltar de Lisboa, onde estou produzindo uma cantora local. Mas a pintura está cada vez mais forte na minha vida.

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