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Matt Damon fala sobre estrelar o drama Suburbicon, dirigido por George Clooney

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Nos últimos anos, Matt Damon diminuiu o ritmo de trabalho para dedicar mais tempo à família, mas ele não conseguiu recusar o papel de protagonista em “Suburbicon – Bem-vindos ao Paraíso”, no qual atua ao lado Julianne Moore e Oscar Isaac.

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No longa dirigido por George Clooney, que estreia nesta quinta-feira (21), Damon interpreta Gardner Lodge, pai de família que se muda para um bairro idílico no verão americano de 1959. A aparente tranquilidade, no entanto, esconde uma realidade perturbadora, levando Gardner a mergulhar no lado obscuro da comunidade, repleta de traição, engano e violência.

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Recentemente você disse que sua família tem prioridade. Como você escolhe seus trabalhos?
Definitivamente tenho uma linda família e quero viver cada aventura com ela. Recebo muitos roteiros de filmes e de séries de TV, mas rejeitei vários. Jurei para minha família que não vou me comprometer com projetos de longo prazo.

Sua carreira está mais inclinada ao ofício de produtor ou de ator?
É mais fácil planejar filmes ou séries como produtor, já que isso me permite lidar melhor com o tempo. Mas há coisas que não dá para rejeitar, como “Suburbicon”, o quinto filme dirigido por George Clooney, de quem sou grande amigo. Quando ele me chamou, tive dúvidas, mas tenho uma mulher maravilhosa que me obrigou a aceitar dizendo que eu me arrependeria caso não o fizesse (risos).

O que o atraiu nesse filme?
Primeiramente, o fato de ser ambientado na década de 1950 em uma comunidade de vizinhos bastante particular nos Estados Unidos. “Suburbicon” é um bairro que representa de maneira fiel o ideal do sonho americano em meados do século 20. O que me chama a atenção em uma história é sempre o contraste. Quando há um choque de ideologias, cultura, racismo, questões sociais ou políticas que geram um debate, eu gosto duplamente. Além disso, o filme marca o retorno de George Clooney, com um roteiro de Ethan e Joel Coen. Portanto, eu não tinha nenhuma boa desculpa para rejeitar o projeto.

Você é ativista e filantropo. Você gosta de fazer ficção com doses de realidade?
É sempre gratificante contar uma história que produza uma mudança nas pessoas, seja em torno de temas como o meio ambiente, a política ou simplesmente as relações humanas. George começou a trabalhar o roteiro durante a campanha de Donald Trump, quando ele falava de muros e minorias. Na verdade, é uma história real que se adapta muito bem aos tempos atuais.

Temas como igualdade de gênero e abuso sexual ganharam vez no cinema e na TV. O que você tem a dizer sobre isso?
Sempre disse que existe uma atitude discriminatória por parte de quem minimiza pessoas do sexo oposto ou faz distinção segundo o sexo, mas esse não é um problema só de Hollywood, ele se estende em todos os campos de trabalho. Minha mulher é argentina e me falou muito sobre a cultura machista da América Latina, mas creio que estamos despertando, que Hollywood está acordando. Isso vai permitir uma mudança. Tudo o que aconteceu vai ser colocado na tela. Levantar a voz é o que permite a mudança nas condutas.

Como você imagina 2018?
Tenho que manter a forma, já que minhas filhas consomem grande parte da minha energia (risos). Tenho vários projetos como produtor, como as séries “Incorporated”, “Green Beret’s Guide to Surviving the Apocalypse”, “City on a Hill” e “Witness for the Prosecution”, que serão lançadas entre 2018 e 2019. No cinema, tem a estreia de “Oito Mulheres e um Segredo”, em junho de 2018, sobre o qual não posso dar mais detalhes, como você já sabe.

Veja o trailer do filme:

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