Quando Kevin Michaluk, também conhecido como “CrackBerry Kevin”, lançou o teclado físico Clicks para iPhone e vendeu dezenas de milhares, causou comoção: mais da metade nunca tinha usado um BlackBerry na juventude. Agora, seu site, BringBackBlackberry.com, busca reunir assinaturas e comprovantes de demanda suficientes para que a marca canadense traga de volta um telefone com alma retrô... e software moderno.
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O teclado que despertou nostalgia
No início do ano passado, a Clicks surpreendeu o mundo com um teclado QWERTY de verdade para o iPhone. Mais de 100.000 unidades vendidas em apenas alguns meses — e 45% dos compradores sem um passado BlackBerry — revelaram um anseio geracional pela simplicidade dos botões físicos.
Um “clique” satisfatório a cada letra, em vez de uma vibração elétrica, foi o ponto de partida da campanha BringBackBlackberry.com, onde os fãs expressam seu desejo por um novo BlackBerry.
A Geração Z e a Fuga da Hiperconectividade
No TikTok, vídeos de jovens tirando a poeira de seus antigos BlackBerrys estão circulando, relembrando a glória do BBM, do trackball e dos teclados intercambiáveis. Para muitos, o teclado físico simboliza um refúgio do bombardeio de notificações: um telefone sem TikTok ou Instagram, dedicado à comunicação essencial.
A Geração Z, em especial, clama por uma “desintoxicação digital” que só um aparelho com teclas de verdade pode oferecer.
Outras apostas no celular “retrô”
A febre inspirou clones e spin-offs: SidePhone e KeyPhone apostam no conceito modular, a Unihertz lançou o Titan 2 com QWERTY e há até celulares com telas e-ink e teclado completo. Mas nenhum projeto captura a aura da autêntica marca canadense.
Como comentam usuários do fórum: “Pode haver teclados físicos, mas apenas um se chama BlackBerry.”
O plano mestre: assinatura e design prontos
O BringBackBlackberry.com utiliza dados de assinaturas e vendas de cliques para demonstrar viabilidade comercial. O objetivo é obter a transferência dos direitos de marca registrada da BlackBerry e produzir um dispositivo que combine o lendário teclado com um processador, câmeras e conectividade modernos.
Rumores sugerem que o design já está em desenvolvimento: linhas limpas, corpo compacto e aquele clique inconfundível ao pressionar cada tecla.
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Será que a campanha será bem-sucedida?
Convencer uma multinacional a relançar um produto leva tempo. Enquanto isso, consumidores nostálgicos clamam por um smartphone híbrido, onde o hardware clássico coexista com aplicativos modernos, e a BlackBerry verá se vale a pena retornar ao cenário mobile.
Só o tempo dirá se, em vinte anos, as gigantes da tecnologia olharão para trás e desenvolverão o BlackBerry 2.0... ou se a história continuará sendo um divertido experimento comunitário.

