Apelidos e codinomes têm uma longa história. Começaram nos campos militar e de espionagem, mas rapidamente se espalharam para outros setores, como a literatura, onde os autores adotam pseudônimos para publicar. Porém, um dos campos onde são mais utilizados hoje é a indústria de tecnologia.
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Neste mundo, projetos e produtos recebem frequentemente codinomes durante sua fase de desenvolvimento. Esses nomes não apenas adicionam uma camada de confidencialidade para evitar que os concorrentes ou o público saibam dos detalhes com antecedência, mas também ajudam as equipes internas a saber exatamente do que você está falando.
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Nomes úteis não apenas para a equipe interna
Embora os apelidos sejam usados principalmente dentro das empresas, às vezes eles acabam sendo úteis para o público em geral. Por exemplo, ao pesquisar informações sobre atualizações, drivers ou software na Internet, esses nomes podem simplificar o processo.
Um bom exemplo é o caso da Microsoft, que para sua atualização do Windows 11 tinha um número KB oficial, mas era muito mais fácil chamá-lo de “Momento 5″, termo não oficial que foi popularizado pela imprensa especializada.
Nomes de Android e sobremesas
No mundo dos sistemas operacionais móveis, o Android leva o prêmio por nomes divertidos. Desde sua primeira versão, chamada de “Bolo de Anjo”, o Google seguiu a tradição de nomear as versões de seu sistema operacional com nomes de sobremesas.
Isso se tornou tão popular que mesmo antes de uma nova versão ser lançada, as pessoas especulavam sobre qual seria a próxima sobremesa. Não só é mais divertido do que um simples número de versão, mas também adiciona um toque distinto a cada atualização.
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Atualmente, estamos na versão 15, chamada “Sorvete de Baunilha”, e para o próximo ano está prevista a versão 16, cujo nome começará com a letra W. Embora ainda não saibamos o que será, as especulações já estão em andamento.
Os apelidos por trás do Windows, Mac OS e Linux
Muitos sistemas operacionais usaram codinomes para suas versões, mas nem todos o fazem da mesma maneira. A Microsoft, por exemplo, usou apelidos como “Chicago” para Windows 95, “Memphis” para Windows 98 e “Whistler” para Windows XP.
No entanto, esses nomes nunca passaram a fazer parte do nome oficial do produto. No caso da Apple, os codinomes tornaram-se mais formais a partir da versão Mac OS X 10.2, conhecida como “Jaguar”.
Depois disso, as versões do Mac OS começaram a receber nomes de grandes felinos, até que a Apple mudou de estratégia e começou a usar nomes de lugares icônicos da Califórnia, como “Yosemite” ou “El Capitan”.
O Linux, por sua vez, é conhecido pelos nomes de suas versões que muitas vezes combinam um adjetivo e o nome de um animal. Por exemplo, uma versão recente do Ubuntu é chamada “Noble Numbat”.
Processadores: os nomes por trás da Intel e AMD
No mundo dos processadores, os codinomes também são comuns. A Intel, por exemplo, usa nomes de lagos para suas gerações de processadores, como “Tiger Lake” ou “Raptor Lake”.
Esses codinomes são úteis para identificar rapidamente a geração ou tecnologia de um processador, algo que é mais difícil quando se utiliza apenas números de modelo.
A AMD segue uma estratégia semelhante, com codinomes que permitem que especialistas e entusiastas identifiquem facilmente as características de cada geração.
Google Chromecast e suas referências ocultas
Às vezes, os codinomes escondem referências curiosas. Quando o autor deste artigo substituiu seu antigo Chromecast por um modelo mais novo, ele descobriu que o número do modelo NC2-6A5 era na verdade uma referência ao USS Enterprise de Star Trek.
Não é algo óbvio à primeira vista, mas estes tipos de detalhes mostram que mesmo na tecnologia há espaço para a criatividade. O Chromecast de primeira geração também tinha uma referência oculta: seu número de modelo fazia alusão ao Guia do Mochileiro das Galáxias, um aceno que muitos provavelmente não teriam notado.
Origens curiosas dos nomes de empresas de tecnologia
Finalmente, muitos nomes de grandes empresas de tecnologia têm histórias interessantes por trás deles. A Apple, por exemplo, poderia ter sido nomeada por causa da dieta baseada em frutas de Steve Jobs, ou talvez simplesmente porque queria aparecer antes da Atari na lista telefônica.
A Amazon, por outro lado, quase foi chamada de “Cadabra”, mas o nome foi descartado por soar muito parecido com “cadáver”. Uma pequena mudança que claramente fez a diferença.
Resumindo, apelidos e codinomes não apenas acrescentam um toque de mistério e diversão ao mundo da tecnologia, mas também servem a um propósito prático. Da identificação de produtos ao auxílio na busca de informações, esses nomes tornaram-se parte essencial da linguagem do setor.