Um estudo da NASA, baseado em dados de satélite, acendeu o alerta: o aquecimento global poderia tornar algumas regiões do planeta inabitáveis até o ano de 2050. Os especialistas da agência espacial americana usaram o índice de bulbo úmido, uma medida que combina temperatura e umidade, para identificar áreas em risco.
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Se o índice ultrapassar os 35°C durante seis horas consecutivas, o corpo humano perde a capacidade de regular sua temperatura interna, o que pode ser letal.
As cinco regiões mais perigosas
- Sul da Ásia (Paquistão): As nações do sul da Ásia, especialmente o Paquistão, já estão experimentando temperaturas extremas. Algumas áreas subtropicais ultrapassaram o limite crítico do índice de bulbo úmido nos últimos 15 anos, o que indica um cenário preocupante. As projeções sugerem que essas condições podem se intensificar e se espalhar para outras regiões, colocando em risco milhões de pessoas.
- Golfo Pérsico: A combinação de calor extremo e alta umidade poderia tornar esta região inabitável. Os países localizados no Golfo Pérsico já sofrem ondas de calor intensas e secas prolongadas, e espera-se que essas condições se agravem nas próximas décadas.
- Costas do Mar Vermelho: O aquecimento global está elevando as temperaturas nessas áreas, colocando em risco seus habitantes. As costas do Mar Vermelho podem experimentar condições semelhantes ao Golfo Pérsico, com índices de bulbo úmido que ultrapassam o limite tolerável para os seres humanos.
- Regiões do Brasil: Até 2070, certas regiões do Brasil podem enfrentar condições inabitáveis devido ao aumento da temperatura e umidade. As regiões amazônicas e do centro do país podem ser particularmente afetadas, com graves consequências para a biodiversidade e comunidades locais.
- Leste da China: As projeções indicam que o leste da China poderá experimentar índices de bulbo úmido superiores a 35°C, ameaçando a saúde e a vida das pessoas. As grandes cidades da região, como Xangai e Pequim, poderão tornar-se inabitáveis, com um impacto significativo na economia global.
Impacto em outras regiões
Embora as regiões mencionadas sejam as mais críticas, algumas áreas dos Estados Unidos, Europa e Austrália também podem sofrer mudanças significativas nas próximas décadas. No entanto, na maioria das áreas quentes e úmidas do planeta, o índice de bulbo úmido não ultrapassa os 25 a 27 °C, o que, embora desconfortável, não é letal, a menos que seja realizada uma atividade física intensa.
Os cientistas da NASA enfatizam a urgência de tomar medidas imediatas para combater o aquecimento global. Reduzir as emissões de gases de efeito estufa é crucial para proteger essas regiões e garantir um futuro habitável para as próximas gerações.
A comunidade internacional deve unir-se para enfrentar este desafio global. Ações ambiciosas são necessárias por parte de governos, empresas e cidadãos para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, investir em energias renováveis e adotar práticas sustentáveis.