De acordo com um relatório do The Wall Street Journal, duas mulheres processaram a Apple na semana passada, alegando discriminação de gênero por um longo período. Na apresentação das alegações em um tribunal estadual na Califórnia, foi especificado que a empresa de tecnologia americana pagou salários melhores aos homens do que às mulheres por tarefas e cargos semelhantes ao longo de um período de quatro anos.
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“A prática de coletar informações sobre as expectativas salariais e utilizar essas informações para estabelecer o salário inicial teve o efeito de perpetuar as disparidades salariais entre mulheres e homens que desempenham trabalhos substancialmente semelhantes”, explica parte da reivindicação, de acordo com a fonte citada.
Comportamento ‘sistemático’
A acusação formal explica que o comportamento sistemático de discriminação de gênero se desenvolveu na Apple devido a uma política na empresa que fixava os salários com base nas remunerações anteriores dos recém-chegados.
A apresentação também explicou que a empresa criada por Steve Jobs e Steve Wozniak, regularmente, pune as funcionárias através de uma metodologia que consiste em aplicar pontuações que se traduzem em bônus e aumentos de salário.
"A equipe de advogados das duas mulheres protagonistas do processo acrescenta que o sistema de avaliação de desempenho da Apple está enviesado contra as mulheres, pois em categorias como trabalho em equipe e liderança, os homens são recompensados e as mulheres são penalizadas pelos mesmos comportamentos."
Nos últimos anos, tem-se conhecimento de outras queixas dirigidas à Apple, com destaque para as feitas por funcionárias em 2022, que afirmaram ter sido vítimas de abuso sexual e intimidação. No entanto, o problema foi além, pois quando levaram suas preocupações ao departamento de recursos humanos, seus casos foram minimizados, ignorados e até mesmo teriam sido vítimas de represálias por terem apresentado suas acusações.