O uso de maquiagem é uma prática que remonta a tempos milenares. Há evidências científicas de que as culturas egípcias usavam cosméticos em épocas entre 3500 e 5000 a.C. É por isso que descobertas como a feita por cientistas da Universidade de Teerã, que encontraram o que seria o batom mais antigo já encontrado, são fascinantes.
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De acordo com o que relata Science Alert, um grupo de arqueólogos escavou em uma região do Irã e encontrou um recipiente pequeno em forma de cilindro, que continha um pigmento vermelho e brilhante. Basicamente, encontraram um batom antigo.
Os especialistas da Universidade de Teerã analisaram os elementos presentes neste pigmento e descobriram que são muito semelhantes aos usados nos cosméticos atuais. O recipiente onde este batom era guardado é feito de uma pedra que se acredita ter 4000 anos de antiguidade, tornando-o o objeto desse estilo mais antigo já encontrado.
"O cosmético de cor vermelho intenso. É compatível com uma preparação para colorir os lábios (provavelmente a mais antiga até agora documentada analiticamente) e enriquece a gama de práticas cosméticas dentro do calcolítico (Idade do Bronze", afirma o estudo liderado por Nasir Eskandari da Universidade de Teerã.

O meio citado anteriormente informa que os cosméticos não são algo novo na história da humanidade. O delineador de olhos Hohl, sombras de olhos, bases faciais e maquiagens em geral fazem parte da cultura egípcia e do Oriente Próximo, datando de entre 5000 e 3500 anos a.C.
No entanto, havia pouca informação sobre o início da história do batom.
“Acredito que a pouca atenção dada a esta antiga indústria da Idade do Bronze se deve ao fato de ter sido considerada um ‘assunto secundário de mulheres’. Pelo contrário, foi uma expressão cara de luxo que desempenhou um papel crucial na formação da interação social nas hierarquias das primeiras cidades”, explicou o arqueólogo Massimo Vidale da Universidade de Pádua, na Itália, à revista Smithsonian.