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Copa do Mundo: Trabalhadores imigrantes assistiram aos jogos longe dos estádios que construíram

Para ver os jogos, boa parte da mão de obra da Copa precisou se concentrar em estádio de críquete

Archivo - Imagen exterior del Estadio de Lusail en Catar, escenario de la final de la Copa del Mundo de 2022 QATAR 2022 - Archivo

A atual edição da Copa do Mundo foi a primeira oportunidade que o mundo árabe teve de assistir ao maior campeonato de futebol em casa. Enquanto a bola rolou em campo nos oito estádios do mundial, porém, parte dos catarenses ficaram de fora da festa.

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Isso porque a maioria dos trabalhadores que participaram da construção dos estádios - os imigrantes - não tiveram muita oportunidade de assistir aos embates de seleções de perto.

Os ingressos para os jogos são caros e a Fifa concedeu uma quantidade bem pequena de entradas desconto para os trabalhadores, que acabou em questão de segundos, segundo apuração do jornal alemão Deutsche Welle.

O jeito foi acompanhar os jogos através de um telão instalado no Asian Town, um estádio de críquete a cerca de 20 quilômetros da capital Doha.

A fan fest informal conta com performances de artistas que dialogam com os países de origem desses trabalhadores, como Índia, Paquistão, Bangladesh, Nepal, Quênia, Uganda e outros da África Oriental.

E mesmo que quisessem participar das festas oficiais que a Fifa promove fora dos estádios para que os cidadãos também participem da Copa (algo que acontece em todas as edições), esses trabalhadores não poderiam, pois é preciso apresentar o “hayya card”, um comprovante de residência que custa caro e muitos não podem pagar.

“Não pensei em ir a um jogo porque minha empresa me trouxe para cá e agora me sinto em uma jaula. Talvez em algum momento, esteja mais livre. Esta área de torcedores é para nós pobres e agradeço ao Catar por isso. Adoro isso aqui”, disse John, um imigrante ganense em entrevista à BBC.

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Os raros trabalhadores que conseguiram, comemoraram. “Ajudamos a construir este país. Então por que não deveríamos vivenciar e celebrar a Copa do Mundo como os catarianos?”, disse Shams, imigrante indiano que falou com o jornal DW.

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