O especialista em segurança internacional Gunther Rudzit conversou com a BandNews FM e não descartou a possibilidade da tensão entre os Estados Unidos e Coreia do Norte colocarem o mundo em uma guerra.
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Neste domingo (3), o sexto teste nuclear norte-coreano com uma bomba de oxigênio foi anunciado e em meio à condenação de autoridades globais, Donald Trump não descartou uma possível resposta dos Estados Unidos.
«A Coreia do Norte realizou um grande teste nuclear. Suas palavras e ações continuam sendo muito hostis e perigosas para os Estados Unidos. A Coreia do Norte é uma nação desonesta que se tornou uma grande ameaça e constrangimento para a China, que está tentando ajudar, mas com pouco sucesso», escreveu o presidente norte-americano em seu Twitter.
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«Eu irei conhecer o general Kelly, o general Mattis e outros líderes militares na Casa Branca para discutir a Coréia do Norte. Obrigado. Os Estados Unidos estão considerando, além de outras opções, parar todo o comércio com qualquer país que faça negócios com a Coréia do Norte», acrescentou Trump.
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Gunther considerou as mensagens «preocupantes» e disse que uma investida norte-americana pode definir o rumo do conflito entre os países. «Se o presidente resolver partir para uma ação militar, as consequências serão muito graves». «Dependendo de uma atitude, de uma resposta norte-americana, o ditador norte-coreano pode fazer um teste com um míssil e uma ogiva atômica ou termonuclear, o último passo que faltaria para a Coreia do Norte seria fazer um teste ‘real'», explicou.
Ouça a entrevista do especialista:
Objetivo
O especialista também falou sobre a dificuldade das relações internacionais conseguirem determinar os objetivos da Coreia do Norte com os testes que tem feito. «Muitas pessoas dizem que realmente é fazer com que os Estados Unidos aceitem a posição da Coreia do Norte, o aceitem como um Estado nuclear e que por tanto, negociem diretamente com a Coreia do Norte, dando garantias de que não vai haver uma tentativa de mudança de regime», disse.
«A condenação é total, incondicional, principalmente por parte da própria China, que é a maior aliada da Coreia do Norte. Mas esse teste mostra que nem a China tem esse poder de influência, de reverter esse processo», constatou ao comentar a relação exercida pelo país em evitar o colapso da economia da Coreia do Norte, que poderia levar um grande fluxo de refugiados coreanos para a China.