Uma investigação deve apurar a conduta dos policiais que efetuaram a prisão do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, 47 anos, acusado de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos.
De acordo com o portal de notícias BHAZ, a deputada estadual Andréia de Jesus (PT) pediu oficialmente que a Corregedoria da Polícia Militar investigue a acaso para que esclarecer se ele recebeu tratamento privilegiado.
A parlamentar, vice-presidenta da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, aponta sinais de que o suspeito, pode ter recebido um tratamento diferente ao ser detido em uma academia de luxo após o crime, sendo levado para a delegacia sem algemas e sentado no banco da frente da viatura.
Normalmente, em crimes violentos, o padrão da polícia é algemar o suspeito e transportá-lo no compartimento traseiro (“camburão”), para garantir a segurança de todos.
O empresário é casado com Ana Paula Balbino Nogueira, uma delegada da Polícia Civil e teria usado a arma dela para cometer o crime.
“A cena da prisão reforça a ideia de que o sistema de justiça trata de forma desigual ricos e pobres”, afirmou a deputada, denunciando o tratamento privilegiado baseado em classe social e conexões pessoais.
Renê passou por audiência de custódia na manhã da última quarta-feira (13) e sua defesa pediu remédio e colchão para dormir, além de sigilo do caso. No entanto, o juiz indeferiu o pedido, uma vez que não se trata de crime sexual, nem crime que envolve menor de idade.

