A Polícia Militar do Amazonas vai indiciar quatro policiais militares acusados de estuprar uma indígena de 29 anos que esteve nove meses presa em uma delegacia de Santo Antônio do Içá, no sudoeste amazonense.
De acordo com o portal de notícias Correio do Brasil, há provas suficientes de que os abusos relatados pela mulher podem, de fato, ter ocorrido. O Inquérito Policial Militar (IPM) está instaurado para aprofundar as investigações e os agentes acusados podem ser expulsos da instituição.
Suas identidades não foram reveladas, mas a PM assegura que eles foram remanejados para realizar funções administrativas até a conclusão da apuração, e que suas armas funcionais foram recolhidas.
A mulher que, atualmente, cumpre pena pelo crime de homicídio na Cadeia Pública Feminina de Manaus, afirma ter sido estuprada por cinco agentes da segurança pública entre novembro de 2022 e agosto de 2023, período que ela esteve detida na 53ª Delegacia de Santo Antônio do Içá, à espera de ser transferida para Manaus.
Documentos oficiais comprovam que a mulher teve que dividir um espaço improvisado com presos do sexo masculino no local, pois a cidade não dispõe de um local para segregar mulheres em restrição de liberdade. Por cerca de dois meses, o filho recém-nascido também esteve com ela na cela.
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