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“Não os decepcionarei”, diz Edmundo González aos venezuelanos em carta lida por sua filha na Espanha

O ex-diplomata enviou uma mensagem aos venezuelanos, afirmando que continuará lutando pela democracia

Venezuela
Protestas a favor de Venezuela en Madrid Carolina, la hija de Edmundo González, lee una carta durante una protesta en Madrid junto a Antonio Ledezma, ex diputado venezolano. (Andrea Comas/AP)

Uma multidão de venezuelanos se concentrou nesta terça-feira em frente à sede do Congresso dos Deputados em Madrid, Espanha, em apoio ao opositor Edmundo González, que se estabeleceu como asilado neste país, após um mandado de prisão emitido pelo governo de Nicolás Maduro contra ele.

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A sede do Congresso foi simbólica para os venezuelanos na Espanha, pois os deputados estão discutindo se devem ou não reconhecer González como presidente eleito da Venezuela, após as polêmicas eleições de 28 de julho, pelas quais diversos setores denunciam fraude, já que até o momento, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) mantém Maduro como vencedor, mas sem mostrar as atas de votação, entre outras irregularidades.

Na concentração, Carolina González, filha de Edmundo, leu uma carta escrita pelo ex-diplomata para os venezuelanos, na qual ele assegura que continuará na sua luta.

“Venezuelanos, nesta bela manifestação, quero reafirmar o compromisso inquebrantável que assumi em 28 de julho com vocês”, diz o opositor na carta, agradecendo aos que votaram nele, embora tenha ressaltado que muitos venezuelanos não puderam votar na Espanha e em diferentes países devido às artimanhas de um Conselho Nacional Eleitoral que impediu isso”.

Protesta venezolanos en Madrid
Venezuelanos protestam em Madri Apoiadores de Edmundo Gonzalez participam de protesto em Madri, Espanha, terça-feira, setembro. 10 de outubro de 2024. Apoiadores do líder da oposição venezuelana Edmundo Gonzalez reúnem-se em frente ao parlamento espanhol enquanto os legisladores debatem uma moção não vinculativa para instar o governo espanhol a reconhecê-lo oficialmente como o vencedor das eleições presidenciais (Foto AP/Andrea Comas) (Andrea Comas/AP)

Além disso, agradeceu à Espanha por conceder asilo político a ele e sua família. "Agradeço ao Governo da Espanha por me oferecer apoio e abrigo a mim e à minha família nestes dias tão difíceis".

Não deixou de lado seu apelo à comunidade internacional. "Faço um apelo à comunidade internacional para intensificar os esforços pela restituição da democracia e liberdade na Venezuela. A vontade do povo expressa em 28 de julho deve ser respeitada e a faremos respeitar. Maria Corina Machado e eu garantimos que a luta continuará até alcançarmos os objetivos".

Finalizou destacando seu compromisso apesar de ter saído da Venezuela devido a pressões: “Compatriotas, não desanimem, que não os decepcionarei”.

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Edmundo González não esteve na concentração

Edmundo González e sua família estão na Espanha sob a condição de asilo político. O fato de não ter comparecido à concentração desta terça-feira em Madri, Espanha, levanta a questão do porquê de não ter comparecido. O motivo é desconhecido.

Chama a atenção o fato de ter sido sua filha quem leu sua mensagem diante dos manifestantes em frente ao Congresso. Além dela, estavam presentes outros líderes opositores como Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas; Leopoldo López, ex-prefeito de Chacao, assim como líderes espanhóis, entre os quais estavam Cuca Gamarra, secretária-geral do PP; a deputada Cayetana Álvarez de Toledo e Miguel Tellado, porta-voz parlamentar.

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