O calor e o ar seco que predominam na cidade de São Paulo, além da fumaça das queimadas que cobrem boa parte do país, fez com que os paulistanos inalassem nesta segunda-feira o ar mais poluído do planeta, segundo agência de monitoramento internacional IQAIR.
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E a situação não deve mudar nos próximos dias, já que a bolha de calor continua agindo de forma intensa no centro-sul provocando a queda da umidade relativa do ar em algumas regiões a níveis semelhantes aos enfrentados em desertos, como o Saara e o Atacama.
FRENTE FRIA
De acordo com a Climatempo, apenas a partir de domingo uma frente fria entra pelo sul do país e se desloca para o sudeste, trazendo chuva para a Grande São Paulo no final da tarde e na segunda-feira, aumentando a umidade relativa do ar e ‘lavando’ o ar da poluição intensa.
A temperatura deve sofrer leve queda, mas as rajada de ventos que vem junto com a frente fria devem ajudar a dispersar a fumaça das queimadas que cobrem boa parte do estado. O centro de pressão que se forma no sul do país deve funcionar como um aspirador sugando a fumaça das queimadas para o Rio Grande do Sul e Paraguai.
A frente fria não deve afetar a onda de calor no interior do estado, onde as temperaturas continuarão muito altas, acima dos 40º C em algumas cidades, e com umidade relativa do ar abaixo dos 10%.
Enquanto isso, o paulistano deverá esperar uma semana quente, com temperaturas diárias na faixa dos 35º C e umidade relativa do ar perto dos 20%, lembrando que a umidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) fica entre 50% e 60%. A faixa onde está São Paulo, em torno dos 20%, é considerado “estado de atenção”.