O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou três homens acusados de matar e carbonizar o corpo de um empresário, em setembro de 2023, em Brasilândia, na Zona Norte da Capital. Segundo a acusação, eles atraíram a vítima por meio de um aplicativo de namoro, no chamado “golpe do amor”, com o objetivo de roubá-la e depois a assassinaram.
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Foram condenados Leandro Matos, que pegou 32 anos de detenção; Vinicius Souza, sentenciado a 31 anos e quatro meses de reclusão; e Paulo Felipe Alves da Silva, que pegou 31 anos e quatro meses. O trio foi considerado culpado pelos crimes de associação criminosa e latrocínio, que é o roubo seguido de morte.
O empresário foi morto no dia 19 de setembro de 2023. Segundo o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ele foi atraído por um perfil em um aplicativo de namoro que se identificava como Jonnas, de 35 anos. Eles usaram uma foto de uma pessoa dos Estados Unidos, que tinha uma rede social aberta, e, com isso, marcaram um encontro com a vítima na Brasilândia.
No local, o empresário foi surpreendido pelos criminosos e obrigado a seguir com eles no próprio carro. Enquanto era mantido em cárcere para ser roubado, ele foi atingido por um tiro e não resistiu. A vítima faleceu ainda dentro do automóvel, sendo que o veículo foi abandonado em uma área de mata e queimado. O corpo só foi reconhecido por meio da análise da arcada dentária.
Os suspeitos chegaram a ser flagrados em imagens de câmeras de segurança comprando gasolina em um posto de combustíveis e um isqueiro em uma adega para atear fogo no veículo com o corpo. A investigação também conseguiu imagens que mostraram a vítima saindo de casa, indo até o suposto encontro e depois do trajeto feito pelos criminosos.
Os três réus foram presos entre setembro de 2023 e fevereiro deste ano. Os celulares dos homens foram apreendidos e a polícia descobriu que eles tinham aplicado o “golpe do amor” em outras vítimas, sendo que pelo menos 13 pessoas registraram boletim de ocorrência contra eles.
Apesar da condenação, o promotor Cláudio Henrique Giannini ainda tentar reverter a absolvição dos acusados pelo crime de destruição de cadáver.
A defesa dos condenados não foi encontrada para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.