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Em mais uma ação para desviar o foco da crise, Maduro transfere o Natal para setembro na Venezuela

Anúncio foi feito ontem, em programa apresentado pelo próprio presidente

Maduro durante seu programa na TV da Venezuela
Maduro durante seu programa na TV da Venezuela (Redes Sociais)

Ontem, durante uma participação em um programa de auditório que ele mesmo apresenta todas as semanas, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que o Natal deste ano será comemorado em 1º de outubro.

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A ação do presidente, que tem sua vitória nas últimas eleições presidenciais contestadas pela maioria das nações da América Latina, Estados Unidos e Europa, coincide com um momento de tensão no país, quando a Procuradoria venezuelana controlada por Maduro pediu a prisão do candidato da oposição, Edmundo González.

“Está chegando em setembro e se diz: ‘Setembro já cheira a Natal...E por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro. Começa o Natal em 1º de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança”, disse o líder chavista.

O pedido de prisão de González foi acatado pela Justiça venezuelana, também controlada pelo chavismo, e já foi emitido um pedido de prisão para o opositor.

Na acusação, a promotoria alega que o candidato é investigado por crime de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem do sistema e associação criminosa.

Na realidade, a oposição de Maduro está usando os dados das atas da eleição para provar que o verdadeiro candidato eleito nas eleições presidenciais de 28 de julho na Venezuela foi Edmundo González, e não Nicolás Maduro, conforme apontam mais de 80% dos documentos emitidos pelas urnas e apresentados pela liderança da oposição.

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