Nicolás Maduro voltou a expressar seu profundo rechaço às redes sociais, ordenando a proibição da plataforma X por 10 dias na Venezuela. Esta é uma nova investida do regime venezuelano contra os serviços de informação que expõem a crise política que ocorre no país caribenho.
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Não é a primeira vez que Nicolás Maduro declara contra as plataformas de Internet em seus discursos políticos. Após as eleições presidenciais de domingo, 28 de julho de 2024, em que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) o proclamou como vencedor, o líder do regime que governa a Venezuela começou a culpar as redes sociais por gerar instabilidade no país.
O Centro Carter, a única organização internacional que conseguiu entrar na Venezuela para atuar como observador nas eleições presidenciais, emitiu um comunicado afirmando que o processo não foi democrático.
"O Centro Carter não pode verificar ou corroborar a autenticidade dos resultados da eleição presidencial declarados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela. O fato de a autoridade eleitoral não ter anunciado resultados desagregados por mesa eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais", disse o organismo internacional.
Maduro omite e concentra sua luta contra as redes sociais
A luta de Nicolás Maduro contra as redes sociais não é nova. Todas as fases em que seu governo tem enfrentado crises devido a protestos e acusações de violações dos direitos humanos (anos de 2014, 2017, 2019 e agora em 2024), uma das respostas mais comuns do movimento chavista tem sido denunciar ataques "orquestrados pelas redes sociais" e as "sanções do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos".
E embora anteriormente tenham proibido o acesso a diferentes páginas web de meios de comunicação internacionais, nunca se tinha visto a proibição de uma rede social, como acabaram de fazer com X e seu bloqueio por 10 dias.
Há uma semana, Nicolás Maduro também se tornou tendência nas redes sociais ao anunciar que estava rompendo relações com o WhatsApp. No entanto, o serviço de mensagens do Meta, e seu conglomerado de plataformas (Instagram, Facebook e Messenger), continuam funcionando normalmente.
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Nesta onda de declarações, Maduro disse que redes sociais como Instagram e TikTok "tentam dividir os venezuelanos".
As redes sociais, um simples meio de comunicação, têm sido o canal para que o mundo inteiro visualize a realidade da crise política do regime de Maduro.