Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, ambos de 48 anos, foram assassinados a facadas nesta segunda-feira, no banheiro da penitenciária Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, de acordo com notícia do G1.
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Os dois eram acusados de integrar uma célula do PCC responsável por planejar ataques terroristas e sequestros e um dos alvos da célula seria o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, de Presidente Prudente. Ambos seriam usados como moeda de troca para libertar integrantes do PCC que estão em presídios federais fora de São Paulo.
De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, eles foram executados por ordem da facção por “falarem demais”. As mortes ocorreram durante o banho de sol dos presos no pátio. Nefo foi chamado ao banheiro e executado e em seguida mataram Rê, ambos a facadas.
Os detentos Luís Fernando Baron Versalli, 53, Ronaldo Arquimedes Marinho, 53, e Jaime Paulino de Oliveira, 46, assumiram o assassinato dos dois presos e alegaram que foi um “acerto de contas”. Um quarto detento está sendo investigado como suspeito de participar das mortes.
Janeferson e Reginaldo estavam presos desde 2023, quando a Operação Sequaz da Polícia Federal investigava um plano elaborado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) contra agentes públicos. Na ocasião, 13 pessoas foram denunciadas e oito viraram réus pelos crimes de organização criminosa e extorsão mediante sequestro, um deles era “Nefo”.
Os acusados foram identificados a partir de delação premiada de um ex-integrante do PCC ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), que forneceu nomes e números de telefones dos envolvidos no plano.