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VÍDEO: Djidja Cardoso foi filmada segurando frasco de droga horas antes de ser encontrada morta; veja

Últimas imagens da ex-sinhazinha foram feitas por ex-namorado, que pedia que ela entregasse a cetamina

Suspeita é que ela tenha tido overdose da droga
Djidja Cardoso apareceu segurando seringa e frasco de cetamina horas antes de ser achada morta, em Manaus, no Amazonas (Reprodução/Instagram)

Um vídeo mostrou os últimos momentos de vida da empresária e ex-sinhazinha do boi-bumbá Garantido Djidja Cardoso, de 32 anos, que foi encontrada morta em Manaus, no Amazonas. Ela sofreu um edema cerebral e a suspeita é que o quadro foi agravado por uma overdose de cetamina, que é um anestésico de uso humano e veterinário usado como droga. Nas imagens, ela apareceu segurando uma seringa e um frasco do produto.

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Veja abaixo as imagens divulgadas pela Rede Amazônica, afiliada da TV Globo:

O vídeo mostra Djidja deitada em uma cama, enquanto segura uma seringa em uma das mãos e, na outra, um frasco de cetamina, na noite do último dia 27 de maio. Na ocasião, Bruno Lima, ex-namorado dela, aparece tentando pegar o vidro, quando disse: “Me dá, tá bom já. Olha como você está”, afirmou ele, sendo que na sequência a ex-sinhazinha pergunta o porquê. “Você vai quebrar (...) olha como você está, por favor, solta, a sua mão está dura”, ressaltou o rapaz.

Já na madrugada do dia 28 de maio, Djidja apareceu procurando a tampa da seringa na cama. Bruno afirmou que queria dormir e como resposta, ouviu: “eu vou me aplicar”. Logo depois, o ex-namorado disse: “Eu tentei”, enquanto a ex-sinhazinha pergunta “tentou o quê?”, e ele respondeu: “Te salvar. Mas olha aí como tu tá. Tu não quer parar de usar isso.”

Morte

Naquela mesma madrugada a empresária foi encontrada morta. Ela também era investigada por envolvimento em um esquema de compra, distribuição e aplicação da substância cetamina. A mãe dela, Cleusimar Cardoso, e o irmão, Ademar, estão presos suspeitos de forçar o uso do entorpecente em rituais de uma seita.

Um laudo preliminar apontou que a ex-sinhazinha sofreu um edema cerebral, que afetou o funcionamento dos pulmões e coração. A suspeita é que uma overdose por cetamina tenha agravado o quadro de saúde, mas essas análises ainda estão em andamento.

O laudo preliminar aponta morte por depressão respiratória, que é justamente um dos efeitos da droga”, explicou o delegado Cícero Túlio em entrevista ao jornal “O Globo”. Ele citou a semelhança com o diagnóstico do ator da série “Friends”, Matthew Perry, que morreu pelo uso da cetamina.

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O resultado final da necropsia e exames toxicológicos de Djidja devem ficar prontos até o fim deste mês. Porém, segundo relato de familiares, a ex-sinhazinha estava viciada na droga há cerca de um ano. Ao perceberem a situação eles queriam buscar um tratamento que a ajudasse, mas a mãe e o irmão dela não permitiram. Com o passar dos meses, a ex-sinhazinha foi ficando cada vez mais debilitada.

“Ela ficou muito dependente. Então ela não vivia mais sem. Ela estava usando fralda, não conseguia mais se levantar, as pernas inchadas. A Djidja não queria que as pessoas vissem ela daquele jeito. Ela já estava com vergonha da aparência dela, mas para eles [mãe e irmão] era normal”, disse a prima, que pediu anonimato, em entrevista ao site G1.

Família diz que tentou ajudar a mulher, mas a mãe e o irmão não permitiram
Ex-sinhazinha, Djidja Cardoso, era investigada pela polícia junto com família por uso de cetamina antes de ser encontrada morta (Reprodução/Instagram)

Rituais em seita

Após se aposentar da função de sinhazinha, ela fundou um salão de beleza, chamado Belle Femme, com a mãe e o irmão. Segundo a polícia, a suspeita é que eles usassem o estabelecimento para o comércio dos entorpecentes. Além deles, também são investigados três funcionários do salão: Claudiele Santos da Silva, Marlisson Vasconcelos Dantas e Verônica da Costa Seixas.

Conforme a investigação, a família de Djidja era responsável pela seita “Pai, Mãe e Vida”, que promovia o uso e comercialização da cetamina, em Manaus. O grupo também fazia aplicação forçada da substância em integrantes e obrigavam os funcionários do Belle Femme a participar da doutrina.

A polícia destacou que as investigações indicam que algumas vítimas do grupo foram submetidas a violência sexual e aborto.

Dias depois, o ex-namorado de Djidja e o coach da família Cardoso, Hatus Silveira, também foram presos. Além deles, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina à família também foram detidos. Já o dono da clínica se entregou após ter a prisão decretada pela justiça.

Mulher foi encontrada morta em casa
Ex-sinhazinha Djidja (à esq), a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso (Reprodução/Instagram)

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