Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma briga generalizada entre alunos em frente a uma escola estadual de Bebedouro, no interior de São Paulo. A confusão teria começado entre duas adolescentes, mas logo outros estudantes passaram a trocar socos e chutes (assista abaixo). O pai de uma das menores envolvidas afirma que a instituição de ensino sabia que a garota estava sendo ameaçada e não fez nada.
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O caso aconteceu na última terça-feira (28), na frente da Escola Estadual Paraíso Cavalcanti. O vídeo que viralizou mostra quando duas adolescentes brigavam, cercadas por outros estudantes, enquanto uma terceira começou a chutá-las.
Enquanto as testemunhas gritam e xingam, outro estudante aparece e também passa a agredir as colegas. Na sequência, outros três alunos partem para cima dele e a confusão ficou generalizada.
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a mãe de uma das garotas, que tem 14 anos, compareceu à Delegacia de Bebedouro para informar que sua filha foi agredida. A menina precisou receber atendimento médico em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O caso foi registrado como lesão corporal.
Já a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) afirmou que a briga ocorreu fora das dependências da unidade, na saída dos alunos do período da tarde. A pasta afirma que as estudantes envolvidas foram convocadas juntamente com seus responsáveis para orientação e que a Ronda Escolar também foi acionada.
Pai denuncia negligência
O pai de menor de 14 anos, que cursa o 9º ano do Ensino Fundamental, afirma que a filha tinha se envolvido em uma confusão, na semana anterior, quando ele foi chamado pela direção da escola. Lá, ele disse que a diretora estava ciente que a menina estava sendo ameaçada, por meio de mensagens enviadas por aplicativos e nas redes sociais.
A agressora, inclusive, não estuda no mesmo local. Assim, a diretora informou que iria acionar a direção da escola vizinha para tratar do assunto. Porém, segundo o pai, nada foi feito para resolver a situação, que acabou resultando na briga generalizada.
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“Nós estamos vulneráveis. Como vamos ter certeza que minha filha estará na rua e não vão tentar agredi-la? Hoje temos uma sensação de insegurança. Fiquei assustado, nunca passei por isso. Não sabemos o que fazer”, disse o pai, em entrevista ao site G1.
Com medo, agora a família quer transferir a menina para outra escola. O Conselho Tutelar foi informado do caso e deve se reunir com os responsáveis nos próximos dias.
Sobre a denúncia do pai, a Seduc negou qualquer má conduta por parte da diretora da escola e ressaltou que todas as medidas foram tomadas pela gestão para garantir a segurança dos alunos e evitar o conflito.