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‘Unção’ nas partes íntimas: pastor é preso suspeito de obrigar fiéis a fazer sexo para “livrá-los da morte”

Pelo menos cinco vítimas denunciaram Silvan Ferreira; ele também exigia doações generosas para igreja

Ele fazia unções nas partes íntimas em troca de bençãos
Pastor Silvan Ferreira, de 41 anos, foi preso suspeito de abusar sexualmente e extorquir fiéis de igreja, no DF (Reprodução/Redes sociais)

O pastor Silvan Ferreira, de 41 anos, foi preso suspeito de abuso sexual e extorsão contra fiéis de uma igreja evangélica em Samambaia, no Distrito Federal. Pelo menos cinco vítimas denunciaram o homem à polícia, dizendo que ele as obrigou a fazer sexo para “livrá-los da morte”. Além disso, quem não fizesse doações generosas, seria amaldiçoado com tragédias familiares.

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Após as denúncias, a Justiça decretou a prisão preventiva do pastor e ele foi detido na manhã desta quarta-feira (22), durante a Operação Jeremias 23. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Silvan era conhecido na comunidade como um profeta, pois teria o poder de fazer “revelações que se concretizavam”. Assim, ele abordava os fiéis com suas previsões e exigia sexo em troca das benções que evitariam tais situações.

Segundo a investigação, o pastor fazia as chamadas “unção das partes íntimas” das vítimas, exigindo receber sexo oral ou mesmo as relações sexuais. Um dos fiéis contou que o pastor disse que sua esposa iria morrer e que Deus tinha revelado para ele o que fazer para evitar que isso acontecesse. Assim, ele precisava passar por “sete unções”, que quebrariam a maldição.

Para que as tais unções funcionassem, elas teriam que ser realizadas nas partes íntimas do fiel. Com receio das ameaças do religioso, o homem acabou cedendo e manteve relações sexuais com o pastor.

Além disso, as vítimas contaram que Silvan exigiam as doações financeiras generosas à igreja, sob ameaças de que algo grave aconteceria com seus parentes, caso o dinheiro não fosse repassado.

Uma mulher de 58 anos, que também pastora, foi alvo de busca e apreensão em Sobradinho. Segundo a polícia, ela é suspeita de auxiliar o pastor com as ameaças e também teria mantido relações sexuais com fiéis na presença de Silvan. Apesar de constar como investigada, ela não foi presa na operação.

Os suspeitos devem responder pelos crimes de violação sexual mediante fraude e extorsão, cujas penas podem chegar a 17 anos de prisão. As defesas deles não foram encontradas para comentar o assunto até a publicação desta reportagem.

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