O Ministério Público de Goiás denunciou o empresário Edney Pereira dos Santos, de 39 anos, pela morte da ex-esposa, Regiane Pires da Silva, também de 39, baleada dentro da própria loja e autopeças, em Anápolis, em Goiás. Segundo a investigação, o casal estava em processo de separação e o homem não aceitava. Após matá-la enquanto trabalhava, o suspeito voltou à cena do crime para se certificar de que a vítima estava sem vida, de acordo com a denúncia.
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O caso aconteceu no último dia 28 de março, no estabelecimento que fica na Avenida São Francisco, no Bairro Jundiaí. Conforme a polícia, Regiane e o ex-marido tinham duas lojas de autopeças na cidade, sendo que se dividiam entre elas. Na ocasião do crime, a vítima estava em um dos estabelecimentos e trabalhava no escritório, quando o homem entrou e atirou.
Ele fugiu após o assassinato, mas acabou sendo preso no mesmo dia em Araguaçu, no Tocantins. Além de empresário, Santos é um fazendeiro conhecido na cidade.
Imagens da câmera de segurança que foram anexadas na denúncia mostram que o homem atirou na vítima por volta das 13h37 e, em seguida, atravessou a porta para fora do escritório. Em seguida, ele retornou ao interior do local e ficou cerca de um minuto olhando o corpo e apontando a arma para a mulher, que já estava morta.
Conforme o MP, Regiane tinha pedido o divórcio e estava em processo de separação do empresário. Ele, por sua vez, não aceitava e queria reatar o relacionamento. O homem chegou a espalhar boatos na cidade de que a vítima o traía e, por isso, ele não queria ter que dividir os bens com ela.
Regiane já tinha denunciado o ex-marido por violência doméstica e obteve uma medida protetiva contra ele em novembro do ano passado. Desde então, o homem não podia se aproximar dela em um distância inferior a 300 metros e estava impedido de entrar em contato até por meio das redes sociais. Ainda assim, ele descumpriu e a matou, segundo a denúncia.
Santos foi denunciado por descumprir a medida protetiva, violência doméstica contra a mulher, homicídio por motivo torpe e porte ilegal de arma. O caso ainda é analisado pela Justiça.
A defesa do empresário negou o porte ilegal de arma e destacou que ele é um Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC). Já sobre a morte de Regiane, afirma que as provas não foram devidamente apresentadas pelo MP.