A advogada responsável pela defesa do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista da Porsche que bateu na traseira de um carro de aplicativo e matou Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, na madrugada de domingo, em São Paulo, disse que seu cliente não se recorda da velocidade do carro no momento do acidente, mas afirmou que não tinha bebido naquela noite, apesar de testemunhas terem identificado sinais de embriaguez nele e no amigo após o acidente.
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Segundo Carine Acardo Garcia, o que está existindo é um “linchamento” contra seu cliente. “O que está se criando, me parece, é uma disputa entre classes que não existe, não deveria existir. O que aconteceu foi uma fatalidade. Por óbvio, meu cliente não saiu à noite para atropelar uma pessoa. Eu entendo que ninguém sai de casa na intenção de atropelar e matar uma pessoa”, disse.
Pesa contra Fernando, além do acidente e a morte do motorista do carro de aplicativo, o fato dele ter fugido do local do acidente com sua mãe antes que a polícia tivesse tempo de fazer o teste do bafômetro. De acordo com a polícia, a mãe do jovem apareceu no local do acidente e levou o filho, alegando estar indo para o hospital, e ambos sumiram, voltando a se apresentar à polícia somente na tarde de segunda-feira.
Sobre a testemunha que prestou depoimento afirmando que seu cliente estava embriagado, ela lembrou os policiais que atenderam o caso não registraram sinais de embriaguez. “A princípio, há uma testemunha que diz isso, mas os PMs também são testemunhas, também foram ouvidos e nenhum PM relata que ele tinha sinal de embriaguez. Normalmente, os PMs têm o poder de fazer a prisão em flagrante nesse caso, mesmo que ele não quisesse assoprar o bafômetro”, disse.
Carine disse que seu cliente quer ajudar os parentes do motorista morto, mas até o momento não conseguiu contato com a família de Ornaldo.