Estimativas do Ministério da Saúde alertam que o Brasil pode chegar a 4,2 milhões de casos de dengue neste ano, quase o triplo registrado em 2023, que ficou em 1,6 milhão.
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Segundo Kleber Luz, infectologista da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e consultor da Organização Mundial da Saúde (OMS), é difícil evitar o crescimento de números de casos no país.
“Isso vai acontecer, é pouco provável que o governo consiga conter [a alta nos casos]. Mas é preciso mitigar o problema. Capacitar médicos, enfermeiros, equipes de saúde para tratar a dengue de forma adequada, disponibilizar insumos, como soro, para que as pessoas sejam tratadas. O que devemos fazer é evitar as mortes”, diz Kleber em entrevista.
Ainda segundo os dados, até 22 de fevereiro, o Brasil tinha com mais de 740 mil casos prováveis de dengue, quase 350% em relação ao mesmo período do último ano. Ao todo são 151 mortes por dengue confirmadas e 501 sendo investigadas.
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“A curva está tendo uma inclinação muito positiva desde o início do ano, e isso é ruim. O gráfico deveria subir mais lentamente, e não é isso que estamos vendo. A expectativa é que a gente bata todos os recordes de dengue em 2024, já que a largada começou com alta velocidade”, explica o consultor da OMS.
Pico da dengue
O também infectologista e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime,diz que é impossível confirmar quando será o pico da doença no Brasil, mas que alguns meses são previsíveis.
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“Só dá para adivinhar o pico quem tiver a bola de cristal. Depende muito das condições climáticas. Se tivermos temperaturas muito altas, muita chuva, o pico pode ser entre abril e maio. Se ocorrer o contrário e a temperatura cair, pode ser em março e abril”.
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