A Polícia Civil segue investigando a morte do comerciante André Luiz Chapeta, de 50 anos, que teve o corpo queimado pela mulher no bairro Jardim América, na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com o delegado Flávio Ferreira, titular da 38ª DP (Brás de Pina), Ana Maria Paixão cometeu o crime por ciúmes. O casal vivia um relacionamento conturbado há pelo menos 30 anos.
Após a repercussão do caso, a mulher foi levada para a delegacia mas, como não havia flagrante, foi liberada após prestar depoimento. A polícia diz que pediu a prisão dela à Justiça, mas, até esta manhã, ainda não havia respostas sobre a detenção.
Em depoimento, a mulher disse que atacou o marido quando tentava se defender de uma agressão. Porém, as imagens registradas pelas câmeras de segurança mostraram o contrário.
“O que ela fala não é o que a imagem mostra. A imagem mostra a vítima sentada em uma cadeira. Ela chega, com frieza, joga o líquido e ateia fogo. Ela não estava naquele momento em situação de vulnerabilidade, não estava em situação em que seria agredida de forma iminente. Ao contrário. Como eu disse, ele estava sentado e não oferecia risco para a integridade física dela naquele momento”, disse o delegado Flávio Rodrigues, em entrevista à Record Rio.
Um vídeo registrou o momento do ataque, ocorrido na madrugada do último dia 4 de dezembro, em um comércio na Rua Cari Levi. ATENÇÃO - imagens fortes a seguir:
O vídeo que circula nas redes sociais mostra quando a mulher entrou no local com uma garrafa nas mãos. Ela caminhou direto na direção do homem, que estava sentado em uma mesa. Eles pareciam trocar algumas palavras, enquanto ela passou a jogar o líquido contra ele. Na sequência, usou um isqueiro para atear o fogo contra o alvo.
O Corpo de Bombeiros confirmou que foi acionado para a ocorrência e que prestou socorro ao homem. Ele foi levado ao Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde ficou internado em estado grave. Porém, não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 8.
O caso foi inicialmente registrado como tentativa de homicídio, mas, com a morte de Chapeta, Ana Maria deve responder por homicídio qualificado por meio cruel, por conta da utilização de fogo, e motivo fútil, já que agiu por ciúme.

