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“Punhetaço foi brincadeira”, dizem alunos de medicina da Unisa, de SP

Estudantes prestaram depoimento à polícia sobre o vídeo que vazou nas redes

Estudante Medicina
Estudantes de medicina da UNISA mostram o pênis durante jogo de vôlei feminino em jogos universitários

Estudantes de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa), acusados de mostrar o pênis durante um jogo de vôlei feminino em São Carlos, no episódio que ficou conhecido como ‘punhetaço’, disseram em depoimento que tudo não passou de “uma brincadeira”.

Nas imagens de vídeo que vazaram pelas redes sociais, um grupo de alunos abaixa as calças e corre pela quadra seminus. Fotos da torcida do time adversário mostram que estudantes de outra faculdade (São Camilo) também baixaram as calças e mostraram a bunda para provocar os oponentes.

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Doze estudantes já foram ouvidos em depoimentos da polícia, que procura elementos para definir como os alunos que participaram do ato serão indiciados, se por ato obsceno ou por importunação sexual, crime mais grave cuja pena pode chegar a 5 anos de prisão. Segundo o delegado que cuida do caso, tudo vai depender de para quem os estudantes estavam mostrando o pênis.


Após o vazamento do vídeo, 15 estudantes da Universidade Santo Amaro foram expulsos, mas por decisão da Justiça todos foram reintegrados até que as responsabilidades sejam apuradas. Na decisão, juíza disse que estudantes não tiveram acesso à “ampla defesa”.

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O caso ganhou tal repercussão que até mesmo o presidente Lula, em viagem em Nova York, ligou para o ministro da Educação para que providências fossem tomadas.

A advogada que defende alguns dos acusados, entretanto, alegou na Justiça que os jovens são ‘calouros’ e foram obrigados pelos veteranos a baixarem suas calças e exibirem o pênis como parte de trote estudantil.

Estudantes ouvidos disseram que a prática de trotes violentos é recorrente nas faculdades de medicina e que os calouros são obrigados a correrem nus, cuspe, xingamentos, arrremesso de fezes e urina e são humilhados diariamente pelos veteranos. Quem não se submete é excluído de todas as atividades acadêmicas.

       

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