Uma menina de 1 ano e 7 meses teve o dedo amputado por engano no Pronto-socorro Infantil de São Gonçalo, no Rio de Janeiro.
Lara de Souza deu entrada no local na última segunda-feira (13) com uma inflamação na testa após levar uma picada de mosquito. Por conta do inchaço, a garota precisou ficar internada e tomar anti-inflamatório na veia.
No dia seguinte, uma técnica de enfermagem foi retirar o acesso do medicamento, inserido no braço da criança, e decidiu cortar a atadura com uma tesoura. A menina, porém, começou a gritar.
“Quando ela foi cortar a atadura, cortou o dedo [mindinho direito] junto, sem anestesia. Imagino a dor que a minha neta sentiu. Na hora, começou a esguichar o sangue, ela começou a gritar de dor e imediatamente retiraram a mãe da sala e chamaram o cirurgião. Logo depois, as técnicas voltaram para tentar encontrar o dedo cortado”, relatou a avó da menina ao “UOL”.
A criança precisou ser sedada, e uma enfermeira teria ido até a mãe e dito para ela ficar tranquila, já que a menina estava apenas com um “rasguinho” no dedo.
No outro dia, a avó decidiu ir até o hospital visitar a neta e verificar o que havia ocorrido. Levou cerca de seis horas para conseguir permissão.
“Quando cheguei, veio a diretora do hospital, assistente social e outras pessoas para falar comigo. Foi aí que percebi que tinha alguma coisa errada. Elas mostraram o raio-X, disseram que a minha neta estava bem, mas não queriam abrir o curativo. Disseram que não podiam abrir por risco de infeccionar. Mas eu insisti, falei que queria ver. Foi uma luta para elas mostrarem; e quando a gente viu, haviam tirado metade do dedo”, disse, ainda segundo o “UOL”.
Profissional afastada
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo lamentou o ocorrido e informou que a criança está estável e sendo avaliada por equipe multidisciplinar. Disse ainda que o Pronto-socorro Infantil está prestando todo suporte e que a técnica de enfermagem foi afastada até a conclusão da sindicância.
O caso foi registrado pela família da menina na 72ª DP (São Gonçalo) e é investigado como lesão corporal. Funcionários do hospital serão intimados a depor.
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