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Profissionais não precisam preencher todos os pré-requisitos para se candidatar a uma vaga; veja o que dizem os especialistas em RH

Pesquisa revela que mulheres são mais exigentes e perdem mais chances de buscar novas posições - mas não tem de ser assim

Saiba o que é realmente necessário para se candidatar a uma vaga
Saiba o que é realmente necessário para se candidatar a uma vaga (Divulgação/ Freepik)

Se você costuma ficar de olho em vagas de emprego certamente já se deparou com diversas oportunidades que exigem uma lista imensa de conhecimentos técnicos e experiências prévias, o que faz parecer conseguir um novo trabalho uma tarefa quase impossível. Mas calma: especialistas em RH (Recursos Humanos) garantem que não é preciso preencher todos os pré-requisitos solicitados para se candidatar a uma posição.

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Luciana Calegari, especialista em RH do Vagas.com, explica que a possibilidade de ser chamado para uma entrevista é maior, claro, para quem conta com mais habilidades solicitadas. No entanto, não há razão para se intimidar caso esse não seja o caso.

“O que não pode é se candidatar a uma vaga que não se tenha nenhum requisito solicitado, e isso é muito comum aqui no Brasil. Não existe uma regra sobre isso, mas uma porcentagem legal seria cumprir pelo menos 50% das exigências”, explica.

Ainda segundo Luciana, um ponto que jamais deve ser ignorado é a fluência em um idioma específico quando solicitado. Além disso, dizer sempre a verdade é fundamental.

“Se for convidado para entrevista, é importante não mentir e deixar claro os requisitos que você atende e os que não atende, além de demonstrar estar disponível a aprender o que ainda não sabe”, aponta.

E sempre é tempo de aprender

Amanda Cardoso, coordenadora de Talent Acquisition na Gupy, destaca que o escopo de uma vaga serve para o gestor de uma área indicar que tipo de talento precisa, mas muito do que é necessário para exercer uma função pode ser apreendido no dia a dia.

“Por um lado, há habilidades e experiências imprescindíveis para a execução do trabalho e que podem ser usadas como fatores de exclusão. Por outro, há habilidades relevantes para o cargo, mas que podem ser desenvolvidas dentro da empresa. Neste momento, o recomendável é que a pessoa candidata revise bem os pré-requisitos ou até os compare com os pré-requisitos de outras vagas da mesma área e do mesmo nível para entender quais realmente são as skills mais importantes”, aconselha.

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Analisar a própria empresa e o setor em que atua também pode ajudar neste ponto - o que pode acontecer já durante o processo seletivo, aliás. “Busque informações ao questionar sobre o dia a dia da área. Por mais que em uma entrevista normalmente sejam as pessoas recrutadoras que fazem as perguntas, os profissionais precisam - e devem - tirar dúvidas sobre a empresa e a vaga”, diz a coordenadora da Gupy.

Amanda atenta ainda para o fato de que mulheres costumam ser mais exigências na hora de pensar em ocupar um novo posto. Ela lembra que, segundo dados do Informe de Percepção de Gênero divulgado pelo Linkedin em 2018, as mulheres se candidatam a 20% menos vagas que os homens pois sentem que precisam cumprir 100% dos pré-requisitos.

Muitas exigências não significam assertividade

Além de assustar os candidatos e candidatas, listar inúmeras exigências não diminui a chance de erro na hora das contratações.

“O que acontece é que muitos gestores acabam não sendo tão assertivos ao listar os pré-requisitos de uma vaga ou incluem muitos critérios por ‘achismo’”, avalia a especialista da Gupy, que aponta que o uso da tecnologia nos processos ajuda a entender as preferências das empresas na prática e quais são os pré-requisito determinantes nas contratações.

“Menos é mais nesse momento. A empresa precisa solicitar o que de fato é essencial, mas muitas vezes ainda pedem conhecimentos que o profissional nem irá usar ou irá usar uma vez no ano e olhe lá”, avalia Luciana, do Vagas.com.

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