Servidores públicos municipais entraram em confronto com guardas civis metropolitanos e policiais militares, na tarde desta quarta-feira (10), durante um protesto na capital paulista. Algumas pessoas tentaram invadir a Câmara Municipal de São Paulo e, para impedir a ação, a GCM interveio com bombas de gás lacrimogêneo e recebeu o apoio da Polícia Militar. Uma mulher ficou ferida.
Imagens divulgadas em redes sociais mostram a confusão em frente à Câmara. Veja abaixo:
Os servidores protestavam contra Reforma da Previdência Municipal proposta pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que é votada na Câmara. Por volta das 16h30, a primeira confusão foi iniciada. Os manifestantes jogaram ovos e mastros de bandeira contra o prédio, quando os GCMs revidaram com balas de borracha.
Mais tarde, outro tumulto começou e um grupo jogou pedras contra o prédio e disparou fogos de artifício. Neste momento, as pessoas ameaçaram invadir a Câmara e os guardas civis dispararam as bombas de gás lacrimogêneo.
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Na confusão, uma servidora aposentada sofreu uma fratura exposta na perna. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao o pronto-socorro do Hospital São Luiz, unidade Itaim. Não há informações sobre o estado de saúde dela.
Em nota, a GCM informou que realizou “um disparo de bala de borracha para dispersar manifestantes alterados que tentaram pular a grade e atiraram pedras contra o prédio da Câmara”.
No início da noite, a Polícia Militar ainda fazia um cordão para avançar e tentar dispersar os manifestantes e desbloquear a rua.
Reforma da Previdência Municipal
O texto final da reforma da previdência é discutido pelos vereadores nesta quarta-feira, em segundo turno.
A proposta do prefeito Ricardo Nunes prevê que cerca de 63 mil aposentados que ganham mais que um salário mínimo passem a contribuir com a Previdência municipal com uma alíquota de 14%. Atualmente, o percentual é descontado de quem ganham acima de R$ 6.433.
Outro ponto criticado pelos servidores no projeto está o aumento da idade mínima de aposentadoria no município. Isso porque, com a mudança, mulheres só poderão se aposentar com 62 anos e homens com 65 anos, o mesmo modelo do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).