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Aulas presencias voltam a ser obrigatórias em SP a partir de segunda-feira

Inicialmente alunos serão divididos em ‘bolhas’ para assegurar distanciamento; a partir de novembro, capacidade volta a 100% nas salas

Aulas presenciais voltam a ser obrigatórias em SP a partir do dia 16 de outubro

As aulas presenciais na rede estadual de ensino de São Paulo voltam a ser obrigatórias a partir da próxima segunda-feira (18). Inicialmente, os cerca de 3,5 milhões de alunos que são distribuídos nas mais de 5,4 mil escolas do estado serão divididos em “bolhas” de horário, ou seja, em grupos que vão se revezar a cada dia da semana para que seja mantido o distanciamento em sala.

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A partir do dia 3 de novembro, no entanto, o distanciamento entre as carteiras não será mais exigido e 100% dos estudantes devem estar juntos nas salas de aula. A exigência também vale para as escolas da rede municipal e privada, mas as cidades que têm Conselhos de Educação poderão definir suas regras.

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“Tenho certeza que, como eu, pai de três adolescentes, todos aqueles que são mães e pais estão felizes com a possibilidade de seus filhos retomarem as aulas. Para garantir a segurança do retorno às aulas presenciais, todos os protocolos sanitários, como o distanciamento de um metro entre os alunos, uso obrigatório de máscara e álcool em gel, serão mantidos até o final de outubro”, afirmou o governador João Doria (PSDB).

O secretário estadual de Educação, Rossieli Soares, disse que a questão foi analisada junto ao Comitê Científico de Saúde e, com o avanço da vacinação, o retorno às aulas será seguro. Para isso, serão mantidos os protocolos sanitários como uso obrigatório de máscaras, aferição de temperatura, higienização das mãos com álcool em gel e o distanciamento entre os alunos.

“Hoje a frequência está em torno de 65% a 70% na rede estadual. E temos o desafio dos alunos que estão evadindo, então, quanto mais tempo a gente demorar, pior vai ser para essa geração inteira. Eu acho um absurdo a educação não ser prioridade no país. Aqui, estamos acompanhando a questão, sempre lado a lado com os especialistas em saúde”, disse o secretário estadual de Educação, Rossieli Soares.

Em setembro do ano passado, o estado retomou as aulas presenciais durante a pandemia, mas manteve a capacidade máxima de alunos em aulas presenciais por dia em 35%. Em agosto, o distanciamento já havia sido reduzido de 1,5 metro para 1 metro.

O coordenador do Comitê Científico, Paulo Menezes, também defendeu que o retorno às aulas presenciais é seguro. “O comitê vem discutindo e analisando e dando aval para todas as medidas tomadas pela Secretaria de Educação. A partir do dia 16 o que muda é a obrigatoriedade de presença, mas os protocolos sanitários e de distanciamento serão mantidos. Então, só a partir de novembro que teremos a ligeira redução de espaço entre os alunos nas escolas. Com o avanço da vacinação, estamos convencidos que é possível sim retornar às aulas com segurança”, ressaltou.

O governo estadual destacou que, até esta quarta-feira (13), 97% dos profissionais da rede estadual já tinham completado o esquema vacinal contra covid-19. Já em relação aos adolescentes de 12 a 17 anos, 90% já estavam imunizados pelo menos com a primeira dose.

Sobre as instituições de ensino superior, particulares e estaduais, Soares disse que o assunto ainda é discutido e um anúncio deve ser feito na próxima semana.

Aulas remotas

Segundo o secretário, só estarão dispensados das aulas presenciais os estudantes que tiverem alguma comorbidade ou fragilidade em relação à covid-19, desde que apresentem justificativa médica. Aqueles que se enquadrarem nesta situação, seguirão em aulas remotas.

São eles:

  • Estudantes com comorbidades com idade a partir de 12 anos, que não tenham completado ciclo vacinal;
  • Menores de 12 anos que pertencem a grupos de risco para a covid-19 para as quais não há vacina contra a doença aprovada no país;
  • Gestantes e puérperas;
  • Estudantes com condição de saúde de maior fragilidade à covid-19, mesmo com o ciclo vacinal completo, comprovada com prescrição médica para permanecer em atividades remotas.

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