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Anvisa e Butantan correm para liberar vacina interditada

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e o Instituto Butantan prometem intensificar os trabalhos para  liberar o uso das doses da CoronaVac que estão temporariamente suspensas.

As vacinas de 25 lotes estão bloqueadas desde o último sábado porque foram envasadas em fábrica da Sinovac na China sem a certificação da agência brasileira.

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Ao menos 12,1 milhões dessas doses já chegaram –  e parte já foi aplicada –, mas o número pode subir para 21 milhões contando com as vacinas já encomendadas e que devem desembarcar no país nos próximos dias.

Diretor-presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres disse ontem à Rádio Bandeirantes que são duas as saídas possíveis. “Ou Butantan entra em contato com a Sinovac para obter a certificação de uma agência internacional [que já tenha inspecionado a fábrica] ou nós podemos enviar uma equipe da Anvisa até a China para efetuar a inspeção.”

Barra Torres afirmou que essa “não é uma etapa burocrática, é algo que foi feito com todos os imunizantes”, e que espera “resolver rapidamente a situação”. “É um número grande, que pode chegar a 21 milhões de doses. Precisamos dessas vacinas.”

Presidente do Butantan, Dimas Covas disse ontem que a Sinovac está abrindo novas fábricas de envase por conta da alta demanda e que os últimos lotes foram finalizados em uma dessas plantas – que não fazem parte do grupo já certificado pela Anvisa. “Mas essa documentação já foi encaminhada e deve chegar antes do fim dessa semana.”

“Do ponto de vista da qualidade da vacina e da segurança não existe dúvida, pois as doses foram testadas pela Sinovac na China, pelo Butantan e pelo INCQS, que é o órgão que controla a qualidade de medicamentos e vacinas aqui no Brasil”, disse Covas. 

SP ficou com 4 mi de doses 

Das 12 milhões de vacinas de lotes suspensos que já estão no país, 4 milhões ficaram em São Paulo. Segundo o estado, nenhuma intercorrência em pessoas que tomaram essas doses foi registrada. Esse não é o caso do gerente comercial Evandro Selicani, 34 anos. Ele mora em Santo André, na Grande São Paulo, e começou a sentir reações adversas no mesmo dia da aplicação. “Tive alergias e cansaço, que depois passaram para dores no corpo e calafrios. Sei de outras pessoas que também ficaram mal.” A prefeitura disse que os moradores devem procurar o serviço de saúde para avaliação “de possíveis eventos adversos relacionados aos lotes suspensos”. 

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