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Pazuello deve ser punido por ida à manifestação

A ida do general Eduardo Pazuello em uma manifestação a favor do governo federal anteontem, no Rio de Janeiro, causou indignação nas Forças Armadas. O ex-ministro da Saúde subiu em um carro de som e discursou ao lado do presidente Jair Bolsonaro, que elogiou sua atuação na pasta.

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Ele foi ouvido ontem pelo Exército, que definirá até amanhã uma punição pelo descumprimento do artigo 45 do código militar – que proíbe a participação de oficiais da ativa em atos políticos. A expectativa é de que Pazuello vá para a reserva, com a possibilidade de receber uma advertência. Outro caminho, mais improvável, é o licenciamento e expulsão do militar. 

Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão, o ex-ministro já mostrou arrependimento ao comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira. “O que eu sei é que Pazuello já entrou em contato com o comandante colocando a cabeça dele no cutelo, entendendo que cometeu um erro.”

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A passagem para a reserva, porém, depende do aval de Bolsonaro. Uma recusa poderia provocar nova crise com as Forças Armadas após a demissão do ministro da Defesa em março.

Mal saiu da CPI…

A participação do general Eduardo Pazuello no ato anteontem ocorreu dias após o seu depoimento à CPI da Covid-19, na semana passada. Aos senadores, ele defendeu o uso de máscara, mas tirou a sua no carro de som.

O episódio gerou reações da mesa. O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), disse em entrevista para o portal Uol que Pazuello “sairá algemado” se voltar a mentir em depoimento – sua reconvocação será votada hoje. Já o vice-presidente Randolfe Rodrigues acusou Pazuello de “se indiciar”. 

Pfizer propôs negociação

Carta encaminhada pela Pfizer à CPI da Covid-19 mostra que a empresa propôs, em 2 de dezembro, soluções aos entraves apresentados pelo governo federal para a compra de vacinas. Texto pedia retorno até dia 7 de dezembro para garantir fornecimento ao Brasil no primeiro semestre. 

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