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Entenda estudo que comprovou eficácia da CoronaVac contra a variante P.1

Liberação de mais um lote da CoronaVac Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress

Os primeiros resultados de um estudo feito com 67,7 mil profissionais da saúde em Manaus mostraram que a CoronaVac é eficaz contra a variante P.1. A cepa foi responsável pela explosão da pandemia no Amazonas no começo do ano e já representa mais da metade das novas contaminações na capital paulista.

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A pesquisa demonstrou que a vacina chinesa – fabricada no Brasil pelo Instituto Butantan – tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da aplicação da primeira dose.

O estudo realizado pelo grupo Vebra Covid-19, com pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, é o primeiro a analisar o grau de eficácia da CoronaVac em um local onde a variante P.1 é predominante, que é o caso de Manaus.

Os pesquisadores disseram que os resultados são “encorajadores”, e como a variante P.1 também está presente em diversas outras partes do país, o estudo dá segurança para a continuidade do uso da CoronaVac. “Esses achados apoiam o uso contínuo dessa vacina no Brasil e em outros países com a circulação da mesma variante”, afirmou o grupo em nota divulgada ontem.

As pesquisas vão avançar para medir a eficácia da CoronaVac sobre a P.1 após a aplicação da dose de reforço. “O que se espera é que, após a segunda dose, esse porcentual suba substancialmente”, disse ontem o diretor do Butantan, Dimas Covas.

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Redução no HC

O poder de proteção da CoronaVac também foi avaliado em outro estudo apresentado na quarta-feira (7).

De acordo com pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo), duas semanas depois da vacinação em massa, o Hospital das Clínicas registrou entre seus funcionários um número de novos casos 50,7% menor na comparação com a taxa média da capital. Depois de cinco semanas, essa diferença passou para 73,8%. Antes da vacinação em massa, o hospital e a capital tinham taxas médias similares.

Essa pesquisa demonstra um outro aspecto da vacinas, que é a sua efetividade – ou seja, o seu impacto real sobre o comportamento de uma doença em uma população que tenha sido inteiramente imunizada.

Esse efeito também está sendo estudado pelo Butantan em projeto em Serrana, primeira cidade que está recebendo a vacinação em massa contra a covid-19.

Entrada da cepa sul-africana preocupa

A confirmação de que a variante identificada em Sorocaba, no interior, é da linhagem sul-africana acendeu mais um sinal de alerta sobre a pandemia em São Paulo. Isso porque a cepa é mais transmissível e também mais resistente aos imunizantes.

O caso foi registrado no último dia 31 de março. A paciente infectada não tem registro recente de viagem para a África do Sul nem teve contato com pessoas que estiveram no país.

“Isso desperta uma preocupação porque pode ser que essa transmissão tenha ocorrido de outras pessoas e, portanto, pode caracterizar uma transmissão comunitária”, afirmou ontem o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. Isso significa que a cepa pode estar em circulação na região.

Segundo Covas, a variante da África do Sul também já se mostrou ser a mais difícil de se combater com as vacinas contra a covid-19 que temos hoje disponíveis.

O diretor afirmou, também, que o governo deve ampliar as testagens para identificar se a variante se espalhou por Sorocaba ou se já está presente em outras partes de São Paulo.

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