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São Paulo autoriza volta às aulas apenas no ensino médio

Educação: Retorno a partir do dia 3 não vale para o infantil e fundamental, que seguem com atividades extracurriculares

Liberação vale para as redes pública e privada | Rubens Cavallari/Folhapress

Estudantes do ensino médio das redes pública e privada poderão voltar a ter aulas regulares de forma presencial nas escolas da capital a partir de 3 de novembro.

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A autorização, anunciada na quinta-feira (22) pela prefeitura, não se estende aos alunos do infantil e fundamental, que seguem podendo frequentar os colégios só para atividades extracurriculares, liberadas desde o último dia 7.

O retorno presencial do ensino médio ocorrerá com restrições em função da pandemia do novo coronavírus e não será obrigatório.

A autorização para a retomada das aulas – interrompidas desde março – veio com a divulgação dos resultados do censo sorológico da prefeitura, que está fazendo testes para a covid-19 em todos os alunos e funcionários da rede municipal.

Sebrae - Movimento Lab

A primeira parcial realizou exames em 65,4 mil pessoas até o último dia 21 e mostrou que 13,2% (8,6 mil) testaram positivo – sendo que 66% dos infectados são estudantes de 9 a 19 anos.

O número é similar ao medido pelo inquérito sorológico, que faz testes por amostragem e estimou que 16% de todos os alunos da capital já tiveram a covid-19.

Secretário da Saúde, Edson Aparecido disse ontem que os resultados mostram que não seria “oportuna” a volta de todos os ciclos e que foi liberado só o retorno do ensino médio porque estes alunos – que têm entre 14 e 19 anos – fazem parte do público que “já está em circulação na cidade, então não teria tanto impacto na transmissibilidade de casos”.

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O retorno vai movimentar mais as unidades das redes estadual e privada, já que o município tem apenas 8 escolas de ensino médio.

Presidente do Sieeesp (sindicato das particulares), Benjamin Ribeiro disse ao Metro Jornal que essa é “mais uma decisão equivocada”. “Qualquer um que entende de educação sabe que tem de voltar primeiro com os menores, até porque a partir dos 8 anos o aluno interage bem com as aulas on-line.”

A Apeoesp, sindicato dos professores estaduais, aprovou semana passada entrar em “greve sanitária” contra o retorno das aulas em 2020. “A curva de casos ainda está alta e as pesquisas mostram que a maioria da população é contra. Liberar é uma atitude irresponsável”, afirmou a presidente da entidade e deputada estadual Professora Bebel.

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