O Ministério Público vai investigar áudios e conversas de grupos que teriam pressionado a família da menina de 10 anos a não autorizar o procedimento de aborto.
ANÚNCIO
De acordo com a TV Globo, a Promotoria da Infância e da Juventude de São Mateus, no Espírito Santo, também vai investigar se pessoas ligadas a grupos políticos foram até a casa da família para pressionar a avó da criança.
Veja também:
São Paulo faz processo seletivo com 470 vagas para pessoas transgênero
Homem é morto a tiros por policial após invadir delegacia em SP com arma falsa

Na tarde deste domingo (16), um grupo de fundamentalistas religiosos se reuniu na porta do hospital para protestar contra a interrupção da gravidez da criança. As pessoas chamaram a menina e o médico de «assassinos», ajoelharam e cantaram em frente ao local onde o procedimento foi realizado, em Recife.
Sara Winter, militante de extrema-direita, divulgou os dados da criança e o endereço do hospital nas redes sociais.
A lei brasileira permite o aborto no caso de gravidez fruto de estupro, além de situações de risco para a mãe, como foi considerado pela Justiça neste caso. O tio de menina, de 33 anos, foi indiciado pelo crime e está foragido.