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Fiocruz: segunda onda da covid-19 pode estar próxima destes quatro Estados brasileiros

Morro da Coroa, no Rio de Janeiro Bruna Prado/Getty Images

O boletim Infogripe, produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica que Rio de Janeiro, Amapá, Maranhão e Ceará podem apresentar uma “segunda onda” da doença, com tendência de retomada do crescimento no número de novos casos semanais, após período de queda. Os dados foram colhidos na semana epidemiológica 30, entre os dias 19 e 25 de julho.

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De acordo com o boletim, a tendência de crescimento é maior nos estados de Amapá e Rio de Janeiro. As cidades de Macapá, Rio de Janeiro e São Luís mostram sinais de crescimento da doença. Já Fortaleza apresenta sinal de estabilização de covid-19, com uma possível retomada de crescimento lento.

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O InfoGripe indica estabilização no número de novos casos semanais de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país, após a retomada do crescimento observado em junho. Os valores semanais, no entanto, ainda estão muito acima do nível de casos considerados “muito alto”. É importante ressaltar que os dados de SRAG estão associados à covid-19. Entre as ocorrências com resultado positivo para os vírus respiratórios, 96,7% dos casos e 99,1% dos óbitos ocorreram por novo coronavirus.

Em alta
O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta que o cenário nacional atual sugere que os casos notificados de SRAG, independentemente de presença de febre, mostram tendência de crescimento, com ocorrência de casos semanais muito alta. Foram reportados um total de 316.984 casos este ano, sendo 161.927 (51,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 91.163 (28,8%) negativos e cerca de 42.179 (13,3%) aguardando resultado laboratorial. Levando em conta a oportunidade de digitação, estima-se que já ocorreram 356.149 casos de SRAG, podendo variar entre 342.547 e 375.218 até o término da semana 30. Entre os positivos, 0,7% foram de influenza A, 0,3% influenza B, 0,6% vírus sincicial respiratório (VSR) e 96,9% Sars-CoV-2 (Covid-19).

Ele explicou ainda que “o estado do Paraná, com sinal de estabilização após período de crescimento, apresenta sinal fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação. Amazonas, Roraima e Pará mostram estabilização após período de queda. Apresentam tendência de queda, após período de estabilização, Paraíba, Minas Gerais e Distrito Federal. “Em Minas Gerais e Distrito Federal, o sinal ainda é fraco, sendo recomendada reavaliação no próximo boletim para confirmação”, observou Marcelo Gomes.

Em Amazonas, Roraima e Pará, que apresentavam sinal de queda nos boletins anteriores, foi observada possível estabilização. Nesses estados, a mesma tendência se observa na capital, sendo que no Pará há indício de possível retomada do crescimento em Belém. Já Pernambuco e Espírito Santo voltaram a apresentar a tendência de queda. Já no Recife há ainda sinal de possível estabilização, enquanto em Vitória se mantém o sinal de queda.

Confira a situação de cada capital

  1. Estabilização: Manaus, Palmas e Rio Branco
  2. Possível retomada de crescimento: Belém, Fortaleza, Macapá, São Luís e Rio de Janeiro
  3. Crescimento: Distrito Federal, Florianópolis e Porto Velho
  4. Queda com possível estabilização: Boa Vista
  5. Queda: Cuiabá, Goiânia, João Pessoa, Salvador, Teresina e Vitória
  6. Possível início de queda: Belo Horizonte, Campo Grande e Curitiba
  7. Possível estabilização: Recife
  8. Estabilização com possível início de queda: Aracaju
  9. Estabilização com possível retomada de queda: São Paulo
  10. Possível início de estabilização: Porto Alegre
  11. Retomada de crescimento: Maceió
  12. Queda com possível início de estabilização: Natal

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