Uma formação de gafanhotos que recentemente chegou à Argentina parece estar se movendo em direção ao Rio Grande do Sul, preocupando produtores rurais da região.
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De acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, os insetos vieram do Paraguai e seguem avançando em solo argentino. O estado de Santa Catarina e a região norte do Uruguai também estão em risco.
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As províncias argentinas de Santa Fé, Formosa e Chaco, produtoras de mandioca e cana de açúcar, foram as mais afetadas. Além de zonas rurais, a nuvem pode atravessar centros urbanos. Apesar da cena ser um tanto quanto assustadora, o fenômeno não costuma provocar danos diretos em seres humanos.
Quanto às lavouras, a situação é diferente. O deslocamento destes milhares de insetos começa por conta da busca por comida, que se torna escassa quando ocorre um crescimento exagerado na população ou uma redução drástica na vegetação que os abriga. Os gafanhotos então buscam plantações e áreas agrícolas, e nelas podem causar enorme prejuízo.
Tais surtos de explosão populacional podem estar ligados às mudanças climáticas, já que condições de temperatura e umidade afetam o número de gafanhotos existentes por ninhada.
Para combatê-los, agricultores costumam lançar mão de inseticidas, que, por sua vez, também agridem o meio ambiente.
Até o momento, a «nuvem» se encontra a cerca de 250 quilômetros da fronteira entre Brasil e Argentina, porém o Ministério da Agricultura nacional já diz estar acompanhando o caso. A pasta acredita que já chances do fenômeno seguir em direção ao Uruguai, não se instalando no Brasil.