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Medo do coronavírus afasta público de hospitais e interrompe tratamentos

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O número de exames relacionados a doenças diversas caiu 80% no Brasil desde o início da pandemia de coronavírus. O dado da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) confirma que as pessoas têm evitado tratar outras enfermidades além da covid-19.

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O medo de contaminação, no entanto, pode levar à negligência de sintomas de condições graves, como o acidente vascular cerebral ou o infarto. Na última semana, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) alertou sobre o risco de interrupção de tratamentos continuados e sobre a obrigatoriedade do pronto atendimento em casos urgentes.

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A agência também esclareceu que, apesar da pandemia e das orientações de distanciamento social, jamais recomendou a suspensão ou proibiu a realização de internações e até mesmo de cirurgias eletivas. O cirurgião dentista Guilherme Guimarães Dorti, por exemplo, destaca que pacientes com tratamentos em andamento, muitas vezes com canais abertos nos dentes, por exemplo, estão abandonando o procedimento antes do fim.

Já no maior hospital infantil do Sul do País, o Pequeno Príncipe, em Curitiba, o movimento na emergência caiu em 70% desde o início da pandemia. O diretor técnico do hospital, o médico Donizetti Giamberardino, afirma que a redução de acidentes de trânsito também ajudou a reduzir o movimento em hospitais e clínicas. O pediatra recomenda que as famílias tenham contato com os médicos, mesmo à distância, para saber quais sintomas não podem ser ignorados.

A SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade) alerta que pacientes em condições delicadas, como a de insuficiência renal, não podem ficar sem controlá-la, assim como quem tem câncer, hipertensão, entre outras enfermidades.

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