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Mesmo com perdas, fundo de previdência deve ser mantido

Foto ilustrativa Pixabay

Com as mudanças nas regras das aposentadorias no ano passado, investidores elevaram os aportes em fundos de previdência. Em 2019, os aportes e contribuições em planos de previdência cresceram 16,9% em relação ao ano anterior, segundo dados da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).

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O ganho médio de 11,1% dos fundos de previdência era bem atrativo na época, em um ambiente de queda de juros. Mas o cenário mudou agora devido à pandemia do novo coronavírus.

Segundo o levantamento feito pela Magnetis Investimentos, dos 1.521 fundos abertos para captação e que já fecharam os dados do primeiro trimestre de 2020, 79,7% tiveram resultado negativo e registraram quedas de até 40% na rentabilidade.

Perdas - fundo de previdência 1º tri/2020

Exposição da carteira

A desvalorização pode ser explicada pela composição da carteira dos fundos.  Segundo o economista Daniel Jannuzzi, consultor da Magnetis, os que mais caíram foram os fundos com mais exposição ao mercado de renda variável, que foi fortemente atingido pela crise do novo coronavírus.

Jannuzzi diz que não é possível prever quando esse segmento terá uma recuperação. “Crises fazem parte da dinâmica do mercado e é sempre importante o investidor procurar estar dentro do seu perfil de risco, ou seja, nunca muito comprado [com uma parcela muito grande] em ativos de renda variável por empolgação ou retorno passado”, orienta.

Pensar no longo prazo

Apesar da queda, o economista acrescenta que o investidor deve sempre ter horizonte de longo prazo com aplicações em ações e no fundo de previdência. “Se a pessoa ficou preocupada e perdeu o sono por conta das quedas, provavelmente estava com uma alocação em ativos de risco acima do que deveria”, afirma.

Jannuzzi diz que resgatar o investimento agora é realizar prejuízo e sair dos investimentos nas mínimas. “A recomendação é manter o plano traçado antes da crise”, conclui.

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