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Álcool gel some das prateleiras e gera corrida em São Paulo

Consumidores relatam falta do produto e supermercados admitem que há problemas no abastecimento enquanto indústria sofre com ausência de matéria-prima

“Tem duas semanas que procuro álcool gel em todas as farmácias que ficam no caminho entre minha casa e meu estágio, mas já estava esgotado em todas.”

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O relato é da estudante Sofia Rodela, de 25 anos, que cansou de peregrinar pela Água Branca, na zona oeste, e só foi encontrar o produto em distribuidora de artigos para hospital.

Em Barueri, na Grande São Paulo, o estudante Wender Starlles, 23 anos, rodou por supermercados e farmácias sem sucesso e ouviu de funcionários que os estoques não estavam durando nem meia hora. Só foi achar o produto em farmácia de manipulação.

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Aliado no combate ao novo coronavírus, o álcool gel está sumindo das prateleiras devido à alta procura. A Apas (Associação Paulista de Supermercados) afirmou que o produto está em falta e que “a indústria está se esforçando para atender os pedidos”. À Rádio Bandeirantes, o presidente da entidade, Ronaldo dos Santos, disse que os estoques devem ser normalizados em até três semanas. Os fabricantes preveem até 45 dias.

Quem encontra o produto, por vezes reclama do preço acima da média. Para evitar abusos, o governo do estado fez pedido para que supermercados e farmácias vendessem a preço de custo.

Diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez disse ao Metro Jornal que foram vistoriados 700 estabelecimentos no estado nos últimos 15 dias e que em 30% foi encontrada alguma “anomalia”.

“Pedimos notas fiscais da compra de álcool gel neste mês e nos dois anteriores para comparar se houve mudança que justifique aumento. Não há tabelamento, mas se aproveitar dessa época para vender produtos muito acima do preço é crime contra a economia popular.”

Olho nos valores

Segundo o Procon-SP, o preço normal do álcool gel é:

• 500 ml: entre R$ 15 e R$ 20
• 250 ml: entre R$ 8 e R$ 10
• 125 ml: até R$ 5

Valores acima disso podem ser considerados abusivos e os responsáveis podem responder por crime contra a economia popular. É possível denunciar pelo site ou aplicativo do Procon – disponível para Android e iOS – ou via redes sociais, marcando @proconsp, indicando o endereço ou site do estabelecimento.

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