O presidente Jair Bolsonaro conversou na manhã desta segunda-feira, 16, com o apresentador José Luiz Datena em sua reestreia na Rádio Bandeirantes. Entre os assuntos, o presidente afirmou que não convocou o movimento pró-governo que aconteceu em diversas cidade do país, neste último domingo, 15. «Não convoquei o movimento e tenho obrigação moral de saudar o povo», disse Bolsonaro no programa 90 Minutos. Assista à entrevista na íntegra no vídeo.
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Apesar das orientações do Ministério da Saúde, para que as pessoas evitem grandes aglomerações, Bolsonaro esteve nos atos deste domingo, 15, a favor do governo, e cumprimentou e tirou fotos com os presentes.
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«Não vou viver preso dentro do Alvorada. Se eu resolvi apertar a mão do povo, é um direito meu, eu vim do povo. Tenho obrigação de saudar o povo», discursou o presidente, para quem a aproximação aos seus apoiadores no domingo foi «uma maneira de mostrar que estou junto com eles na alegria e na tristeza».
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«Responsabilidade é minha»
Bolsonaro anunciou na última sexta, 13, que testou negativo para o coronavírus, mas afirmou que vai realizar um novo exame na próxima terça, 17. «Estou absolutamente normal. Tenho feito até caminhadas», declarou o presidente, que afirmou: «Se me contaminei, a responsabilidade é minha».
“Tenho que dar o exemplo em todos os momentos. Dei a mão porque eu estou com o povo, isso é democracia. O povo foi pacificamente, sem minha convocação”, afirmou o presidente. “Não tenho o poder de impedir o povo. Eles estavam fazendo um movimento pelo Brasil. Não convoquei ninguém em momento nenhum [para a manifestação]”, disse Bolsonaro, que acusou os críticos de não se cuidarem contra o vírus, participando de grandes aglomerações.
“Dia 9 de março teve um evento na OCA, com autoridades presentes. Qual exemplo essas pessoas estavam dando. O que está em jogo é uma disputa política. Estou sozinho em um canto. Estão batendo o tempo todo”, declarou.
O presidente também disse que pretende falar com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente. «Estou disposto a conversar com Maia e Alcolumbre, porque a solução tem que sair de nós», disse.
PIB
O governo já admite que dificilmente vai atingir a meta de 2% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 por causa do coronavírus. Bolsonaro se diz preocupado, mas é otimista sobre o futuro.
“Preocupa bastante. A previsão era crescer 2%. Com esse problema dificilmente vai chegar a isso. Grande parte do nosso PIB vem da produção rural. O mundo não deixa de comer, mas a China está pagando menos pelo o que produzimos aqui”, afirmou. “O Brasil vai vencer daqui a pouco tempo essa crise e vamos crescer”, completou.