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Operação mira Queiroz e ex-assessores de Flávio Bolsonaro por ‘rachadinha’

Uma operação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) mira, nesta quarta-feira (18), endereços ligados a ex-assessores do senador Flávio Bolsonaro, quando era deputado estadual. Entre os alvos de busca e apreensão está Fabrício Queiroz, suspeito de lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa.

A ação pretende reunir documentos que contribuam na investigação de uma acusação de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), entre 2007 e 2018. Segundo os promotores, Queiroz recebia parte dos salários de nove ex-assessores e lavava o dinheiro na compra e venda de imóveis.

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Entre os investigados na operação desta quarta-feira também está Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro, e nove de seus familiares. Os mandados de busca e apreensão são cumpridos tanto na capital fluminense quanto em Resende, no sul do estado.

Os alvos da operação

  1. Ana Cristina Siqueira Valle: casada com Bolsonaro por dez anos, entre 1998 e 2008, tem nove parentes investigados no inquérito do MP que apura um suposto esquema de repasse de salários de servidores a deputados da Assembleia Legislativa do Rio.
  2. Fabrício Queiroz: ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj, pivô da investigação ao ter uma movimentação financeira suspeita detectada pelo Coaf.
  3. Marcia Aguiar, mulher de Queiroz: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  4. Evelyn Mayara, enteada de Queiroz: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  5. José Procópio Valle, pai de Ana Cristina e ex-sogro de Bolsonaro: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj e no de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados.
  6. Andrea Siqueira Valle, irmã de Ana Cristina, ex-cunhada de Bolsonaro: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj e no de Bolsonaro na Câmara.
  7. Francisco Diniz, primo de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  8. Juliana Vargas, prima de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj e no de Bolsonaro na Câmara.
  9. Daniela Gomes, tia de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  10. Guilherme dos Santos Hudson, tio de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  11. Ana Maria Siqueira Hudson, tia de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  12. Maria José de Siqueira e Silva, tia de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.
  13. Marina Siqueira Diniz, tia de Ana Cristina: trabalhou no gabinete de Flávio na Alerj.

Defesa de Queiroz

Em nota, a defesa de Fabrício Queiroz acusa a operação de ser desnecessária, «uma vez que ele empre colaborou com as investigações, já tendo, inclusive, apresentado todos os esclarecimentos a respeito dos fatos.»

«Ademais, surpreende que mesmo o MP reconhecendo que o juízo de primeira instância seria incompetente para processar e julgar qualquer pedido relacionado ao ex-deputado o tenha feito e obtido a referida decisão, repita-se, de forma absolutamente desnecessária», afirma.

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