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Iraniana ateia fogo no próprio corpo em protesto pelos direitos da mulher

Sahar Khodayari lutava pela presença de mulheres em estádios de futebol, proibida no Irã

Reprodução

A ativista iraniana Sahar Khodayari, que lutava para que as mulheres tivessem direito a assistir jogos de futebol nos estádios do país asiático, morreu nesta segunda-feira (9), aos 30 anos de idade, em um hospital de Teerã.

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Khodayari, que era conhecida nas redes sociais como «Garota Azul», morreu cerca de uma semana depois de ter ateado fogo no próprio corpo do lado de fora de um tribunal de Teerã, após saber que havia sido condenada a seis meses de prisão por ter tentado entrar em um estádio disfarçada de homem.

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A iraniana foi hospitalizada, mas não conseguiu resistir aos ferimentos. Ela ficou com graves queimaduras em 90% do seu corpo.

Torcedora fanática do Esteghlal, a ativista tentou entrar em março em um estádio de futebol vestindo uma peruca azul e um casaco masculino, mas foi descoberta pelas autoridades. Ela ficou detida alguns dias em uma prisão localizada no sul de Teerã.

A morte de Khodayari provocou diversos protestos no país asiático, onde as mulheres não podem acompanhar jogos de futebol em estádios, embora possam assistir a outros esportes, como o volêi.

O Esteghlal emitiu um comunicado se solidarizando com a família de Khodayari, que era formada em ciências da computação. Já o ex-meia do Bayern de Munique Ali Karimi, que é um defensor do fim da proibição das mulheres em estádios, pediu para que os iranianos boicotem os jogos em protesto pela morte de Khodayari.

A parlamentar Parvaneh Salahshouri, por sua vez, disse que a ativista é a «Garota do Irã» e tuitou que «somos todos responsáveis» pela morte de Khodayari.

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