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São Paulo tem 464 espécies de aves em 107 parques e áreas verdes; quantas você conhece?

Papagaio-verdadeiro Claudia Komesu/Virtude-AG

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São Paulo tem aquela fama de cidade cinza, e não à toa. Quem viaja de avião percebe logo a diferença do visual daqui em comparação com outros lugares: um apinhado de prédios sob uma névoa de fumaça. Mas não se engane com as aparências. A capital paulista abriga em suas dispersas áreas verdes uma impressionante diversidade vital. E as 464 espécies de aves registradas em inventário do ano passado pela SVMA (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente) são exemplo disso. Do total de aves, 23% são espécies endêmicas da Mata Atlântica.

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Já nas contas do CEO (Centro de Estudos Ornitológicos), do último mês de abril, a variedade é ainda maior: 531 espécies. São Paulo conta com muitos locais para ninhos, e espécies vegetais atrativas para aves, com seus frutos e flores. Além disso, restos de comida podem ser aproveitados por diversos pássaros. Exemplos são o pardal e o bem-te-vi.

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Os 107 parques da cidade são os principais lugares onde estes animais alados acham refúgio. O que serve de estímulo para a prática do “birdwatching”, hábito de sair por aí observando pássaros. Aqui é um prato cheio para “passarinhar”, como dizem os adeptos.

Claudia Komesu, autora das fotos que ilustram esta página, com algumas das aves mais comuns encontradas nos parques paulistanos, segundo levantamento do CEO, é uma delas. “Conheci a observação de pássaros por causa do meu marido. Antes, não sabia nem o nome do sabiá-laranjeira”, conta ela, que criou em 2012 o site virtude-ag.com, plataforma colaborativa de fotos de pássaros e natureza. Segundo ela, o birdwatching originalmente é feito com binóculos. “Mas no Brasil as pessoas gostam de fotografar as aves, e o hobby tem crescido graças à popularização de câmeras digitais, redes sociais e sites como o Wikiaves”.

Cidade dos pássaros

Pica-pau-de-cabeça-amarela

Encontrado geralmente em casais ou grupos familiares de três a quatro indivíduos. Gosta de tomar néctar de flores. A cabeça e o pescoço agem como polinizadores.

Pica-pau-de-cabeça-amarela

Beija-flor-de-peito-azul

O beija-flor-de-peito-azul é um dos menores da espécie, conhecido por seu comportamento ativo e briguento. É um dos principais agentes polinizadores de várias plantas. Constrói ninho a pouca altura.

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Beija-flor-de-peito-azul

Alma-de-gato

Sua enorme cauda a torna inconfundível. Alimenta-se de insetos, principalmente lagartas, frutinhas, ovos de outras aves, lagartixas e pererecas. Na primavera, período reprodutivo, canta sem parar o dia todo.

Alma-de-gato

Sanhaçu-cinzento

É uma das aves mais comuns do país, famoso por fazer acrobacias na disputa por frutas com outros pássaros. Mede entre 16 e 19 centímetros e pesa entre 28 e 43 gramas. Come muito o fruto da aroeira, folhas, brotos, flores e insetos alados.

Sanhaçu-cinzento

Papagaio-verdadeiro

Come sementes e frutos e se reproduz em buracos de rochas erodidas, barrancos ou ocos de árvores. Conhecido pelo dom de imitar os sons que escuta.

Papagaio-verdadeiro

Onde passarinhar – para iniciantes

  1. Instituto Butantan: Av. Vital Brasil, 1.500.
  2. Parque Burle Marx: Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200.
  3. Parque Ibirapuera: Av. Pedro Álvares Cabral, s/n.
  4. Parque Guarapiranga: Estrada da Riviera, 3.286.
  5. Parque do Carmo: Av. Afonso de Sampaio e Souza, 951.
  6. Parque Piqueri: R. Tuiuti, 515.
  7. Parque Anhanguera: Av. Fortunata Tadiello Natucci, 1.000.

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