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França e Irlanda ameaçam acordo Mercosul-UE por falas de Bolsonaro sobre queimadas

Michel Spingler/Pool via REUTERS

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira (23) que o líder do executivo brasileiro, Jair Bolsonaro, mentiu quando minimizou as preocupações sobre a mudança climática na reunião do G-20 no Japão, em junho deste ano. O político europeu afirmou que, por isso, a França se oporá ao acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a UE (União Europeia).

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O acordo é apontado por Bolsonaro como uma das principais conquistas de seu governo. Em nota, divulgada pelo Palácio do Eliseu, sede do governo francês, a presidência do país europeu afirma que «nas condições atuais, a França se opões ao acordo Mercosul-UE».

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Os incêndios que se propagam pela Amazônia se converteram em um incidente diplomático dois dias antes da reunião do G-7, em Biarritz, também na França. Na quinta-feira, 22, Macron solicitou que o tema seja debatido com os outros líderes do grupo – do qual o Brasil não participa.

A resposta do governo francês vem após manifestações de Bolsonaro, que lamentou «o tom sensacionalista» com que Macron se referiu às queimadas no Brasil – na ocasião, o europeu utilizou uma foto da década de 1990 para falar dos incêndios que ocorrem nos últimos dias. Confira as publicações:

Tradução: «Nossa casa está queimando, literalmente. A floresta amazônica – cujos «pulmões» produzem 20% do oxigênio do nosso planeta – está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência com prioridade daqui a dois dias.»

Irlanda

Na Irlanda, o primeiro-ministro Leo Varadkar também ameaçou votar contra o acordo comercial. «De maneira alguma a Irlanda votará a favor do acordo de livre comércio Mercosul-UE se o Brasil não cumprir seus compromissos ambientais”, afirmou.

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