Não passa um dia sem que as recepcionistas e seguranças da Fasig (Faculdade de Ciências da Saúde Igesp) não vejam ao menos duas pessoas sendo roubadas na rua da Consolação, em Higienópolis (centro).
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“É corriqueiro, principalmente à noite”, relata uma das recepcionistas, que não quis se identificar.
A forma mais comum é abordagem por ladrões usando bicicletas.
Na noite de anteontem aconteceu de novo: um jovem foi abordado ao sair da estação Higienópolis-Mackenzie por um homem que pediu seu celular e o ameaçou caso não o entregasse.
Não foi um caso isolado. Passando por comércios da região, o relato de testemunhos de crimes recentes é comum. “Semana passada, enquanto vinha para o metrô, um homem de bicicleta tentou agarrar meu celular, mas eu consegui desviar” conta a jovem Camila Delazeri, 22 anos.
“No último mês devo ter presenciado pelo menos três assaltos”, disse o produtor cultural e morador do bairro, Bruno Sodré, 27 anos.
A região faz parte da jurisdição do 4º DP, que também inclui pontos como as ruas Augusta e Frei Caneca.
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Dados da Secretaria da Segurança Pública apontam que, de janeiro a outubro deste ano, 2.168 roubos e 5.860 furtos foram registrados na delegacia. O número é inferior ao total de notificações do mesmo período de 2017, que chegou a 2.576 e 6.596, respectivamente.
A Secretaria de Segurança Pública do estado afirmou que as polícias Civil e Militar atuam de maneira integrada para combater a criminalidade no bairro de Higienópolis. Os comandos das polícias realizam reuniões com moradores, com objetivo de trocar informações que auxiliem tanto no policiamento como no esclarecimento dos crimes. E afirma que a queda dos números de assaltos e furtos em relação ao ano passado são fruto desse trabalho conjunto.