O Mapa da Desigualdade 2018, divulgado nesta quarta-feira (28) pela Rede Nossa São Paulo, revela que um morador do Jardim Paulista – região nobre de São Paulo – vive cerca de 23 anos a mais do que uma pessoa que mora em Cidade Tiradentes, extremo leste da capital.
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Enquanto no Jardim Paulista a estimativa de vida é de 81 anos, em Cidade Tiradentes esse número cai para 58 anos. Em relação à média da cidade, os moradores de Cidade Tiradentes vivem 12 anos a menos.
Para chegar a essa conclusão, o estudo considerou a média de idade com que as pessoas morreram de acordo com o local de residência. Com base no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), a pesquisa usou a soma das idades ao morrer dividida pelo total de óbitos por todas as idades em determinado ano e localidade.
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O Mapa mostra ainda que as desigualdades são cumulativas. O Jardim Paulista, por exemplo, registra o menos índice de gravidez na adolescência: por lá, 0,68% das gestantes têm menos de 19 anos. Por outro lado, em Parelheiros, no extremo sul, o índice sobe para 17%.
A Rede Nossa São Paulo mensurou o nível de desigualdade entre as regiões. Nesse caso, a desigualdade no distrito mais afastado é quase 25 vezes maior em comparação com a área nobre. A média de gravidez na adolescência na cidade é de 9,43%.
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E as desigualdades não param por aí. Em Pedreira, também na zona sul, uma criança espera 401 dias para conseguir uma vaga na creche. Na República, centro, o tempo de espera é de apenas oito dias. Em toda a cidade, a média de espera é de quase 130 dias.
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O estudo diz também que quase metade dos indicadores de desigualdade pioraram na capital no primeiro ano da gestão de João Doria (2016) – em comparação com o primeiro ano da gestão de Fernando Haddad (2013). 9 dos 19 índices registraram aumento na desigualdade.
Elaborado desde 2012, o Mapa da Desigualdade apresenta dados dos 96 distritos da capital paulista, comparando números a fim de apresentar as diferenças socioeconômicas entre as localidades.