O delegado de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, responsável pela investigação do assassinato do jogador Daniel Corrêa, declarou na terça-feira (6) que Edison Brittes Júnior, a esposa Cristiana e a filha Allana – os três detidos temporariamente –, além de três outros suspeitos, serão indiciados por homicídio qualificado.
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O agravante, segundo Trevisan, se dá pelo fato de Daniel não ter tido como se defender. “Recebemos o laudo da dosagem alcoólica no corpo da vítima e percebe-se que Daniel estava bastante embriagado, com 13,4 decigramas de álcool no sangue […] Estava completamente indefeso”, afirmou, dizendo que não havia presença de drogas no corpo do jogador.
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Trevisan também disse que a família Brittes mudou versões da história e coagiu uma testemunha antes de ser descoberta pela polícia. “Houve coação de testemunha em um shopping [de São José] na segunda-feira, isso está bem evidenciado. Ele [Edison] pede para fechar uma história só […] ameaça a testemunha, que não poderia romper aquele elo, de que vítima teria saído da casa sozinha pela manhã”.
O delegado disse que deve ouvir o empresário Edison Brittes, que confessou ter matado Daniel, na manhã de hoje. Ontem à tarde, ele ouviu outras quatro testemunhas que estavam na casa. “Será reversado e sigiloso, não vou passar para a imprensa”, disse antes dos depoimentos.
Para o advogado da família Brittes, Claudio Dalledone, que alega a tentativa de estupro de Cristiana por parte de Daniel, a postura de Edison não foi “nada surpreendente”. “Se ele chegou ao ponto de ocultar o cadáver, a continuação era acessório […], mas em arrependimento ele procura a defesa e quer confessar”, afirmou.
Daniel, que jogava no São Bento, veio para a festa de aniversário de Allana no último dia 26 e foi encontrado morto no dia seguinte na zona rural de São José dos Pinhais. Ele foi espancado e teve o pênis decepado.